Sexta-feira
21 de dezembro
Jejuando no Natal
Porventura, não é este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, desfaças as ataduras da servidão, deixes livres os oprimidos e despedaces todo jugo? Isaías 58:6, ARA

Nosso lar está ficando mais vazio – os filhos cresceram. Uma filha tem a própria família, com três filhos, e eles decidiram passar o Natal deste ano com a família do esposo dela. Minha mãe, que morou conosco durante anos, faleceu há um ano. Nossas outras duas filhas ainda são solteiras, e parece que passaremos o Natal só entre nós quatro. Gostamos da ideia de comemorar o Natal discretamente, uma vez, com poucos preparativos.

Hoje li Isaías 58:6 a 11. Esses versículos me fizeram pensar. Já por algum tempo temos ouvido o apelo por reavivamento e reforma em nossa igreja. Muitos crentes anseiam e oram por mudança. Percebem que, apesar de orar e jejuar, ter sua hora devocional e ir à igreja regularmente, algo – de algum modo – ainda está faltando. O que poderia ser?

Ao ler essa passagem bíblica, percebi o que é, realmente: o jejum. Não é renunciar ao alimento; é, isso sim, dar alimento a outros. Não é se abster de algo, mas dar algo.

Os próprios israelitas faziam tudo o que Deus lhes pedia que fizessem. Buscavam a Deus, jejuavam, oravam e guardavam os mandamentos (ver Isaías 58:1-5). Não obstante, suas ações relacionadas com os outros eram ímpias, abusivas e egoístas. Não se preocupavam com os pobres e solitários; pensavam apenas em si mesmos.

Para jejuar, não precisamos nos abster de alimento e prazeres, mas precisamos estar em paz com nosso vizinho, perdoar quando necessário e servir de ânimo para os outros. Precisamos fazer o que é certo e elevar nossa voz contra a injustiça, a violência e os maus atos de todo tipo. Precisamos demonstrar nosso apreço e amor pelos outros.

Parece-me que há uma relação clara entre reavivamento e reforma e o modo como tratamos nosso próximo – especialmente os fracos e os marginalizados na sociedade. Vamos mudar essa situação. Por falar nisso, eu disse há pouco às minhas duas filhas e ao meu esposo que, para a véspera do Natal deste ano, vou convidar pessoas que estão sós e que não têm para onde ir. Minha família apoiou a ideia. Quem sabe? Poderíamos sair beneficiados com esse arranjo também!

Desejo a você um alegre Natal e um feliz ano-novo!

Denise Hochstrasser