Quinta-feira
30 de outubro
JERUSALÉM
Jerusalém, Jerusalém! [...] Quantas vezes Eu quis reunir os seus filhos, como a galinha ajunta os do seu próprio ninho debaixo das asas, mas vocês não quiseram! Lucas 13:34

O filme Cruzada, lançado em 2005, foi uma das muitas produções cinematográficas que abordaram a história de Jerusalém. Ele retrata a reconquista da cidade pelos muçulmanos em 1187.

Em um dos pontos altos da trama, os cristãos que viviam na cidade tentavam resistir ao inimigo, pois temiam a rendição. Eles haviam ouvido relatos sobre como os cruzados trataram as populações conquistadas anteriormente e agora esperavam um tratamento semelhante, temendo a vingança do inimigo.

Então, Balian, rei da cidade, pediu para negociar com Saladino, que o recebeu em sua tenda enquanto os combates prosseguiam. Balian perguntou: “Você propõe um acordo?” Ao que prontamente Saladino respondeu: “Darei salvo conduto a todos os cristãos que queiram deixar a cidade. Ninguém será ferido. Juro por Deus.” Em seguida, Balian fez uma pergunta-chave: “O que vale Jerusalém?” A resposta de Saladino foi: “Nada!” Em seguida, disse sorrindo: “Tudo!”

Das telas para a história, realmente Jerusalém sempre foi um sinal de contradição. Ela não teve os templos de Atenas, nem o poder de Roma. Igualmente, não possui os monumentos da Europa, nem os arranha-céus de Nova York. Contudo, aproximadamente 4,2 bilhões de cristãos, judeus e muçulmanos – 56% da população mundial – têm suas raízes culturais e confessionais ligadas a essa cidade. Nenhuma outra metrópole do mundo exerce tamanho fascínio. Todos, de um modo ou de outro, almejam Jerusalém.

Não é à toa que, desde longa data, escritos e lendas talmúdicas se referiam a ela como “Jerusalém dourada”. Pois é ali, no mesmo local em que Cristo foi rejeitado, que descerá do Céu a cidade de Deus, a Nova Jerusalém. Ela deve ser nosso maior anseio. Não pelas ruas de ouro ou o mar de cristal, mas pela presença de Cristo, com quem estaremos para sempre.