Sexta-feira
07 de julho
JUSTIÇA IMPUTADA
Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça. Romanos 4:3, ARA

O termo justificação é uma referência ao perdão concedido ao pecador que se arrepende e aceita a Cristo – o Justo – como seu único Salvador. Na justificação, a justiça de Cristo é imputada. Imputar é uma expressão da área financeira. Significa “colocar na conta de alguém”.

Certa vez, próximo ao fim de um ano escolar, uma família da comunidade onde vivo, no entorno do Centro Universitário Adventista de São Paulo, campus Engenheiro Coelho, queria ajudar um aluno formando em Teologia que estivesse em dívida com a faculdade. Pediram-me que indicasse alguém. Solicitei à tesouraria uma relação dos alunos nessas condições. Depois de uma análise, apontei um nome. Então foi feito um depósito na conta daquele aluno, um valor suficiente para zerar a dívida. A partir daquele momento, ele não devia mais nada. O que ocorreu foi uma imputação.

Isso ilustra o que aconteceu por ocasião da morte de Cristo. Na cruz do Calvário, todos os nossos pecados foram imputados a Cristo, colocados na Sua conta. Ele os assumiu, responsabilizou-se por eles e, mediante Sua morte, pagou nossa dívida. “Certamente Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre Si […]. Mas Ele foi traspassado por causa das nossas transgressões e esmagado por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele […]. O Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de todos nós” (Is 53:4-6; cf. 1Pe 2:24).

Além disso, houve outra imputação. Deus depositou a justiça de Cristo em nossa conta (2Co 5:21). “Deus estava em Cristo reconciliando Consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões” (2Co 5:19, ARA). Em certo sentido, a salvação é uma troca: Cristo recebe sobre Si nossos pecados, responsabiliza-Se por eles e, em contrapartida, oferece-nos Sua perfeita justiça (2Co 5:21). Desse modo, Deus viu a Cristo como pecado quando olhou para Ele na cruz. Mas, quando aceitamos essa substituição, Deus olha para nós e nos vê como justos. Por isso, Paulo pôde afirmar: “Agora, pois, já não existe nenhuma condenação para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8:1).

Oh, bendita troca! Quem trocaria tanto por tão pouco? Quem trocaria algo tão precioso por algo tão vil? Apenas Jesus. Glória a Deus!