Quarta-feira
15 de maio
Lar, o campo missionário
Deus prova o Seu próprio amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando ainda éramos pecadores. Romanos 5:8?

–Mas eu não O conheço! – Essa frase tão simples me deixou paralisada. Conforme fui absorvendo as palavras, percebi que eu estava errando no óbvio! Com essas palavras, meu filho me fez entender a questão central e a missão da parentalidade: entender os pecados herdados dos nossos filhos intimamente – mas do ponto de vista da compaixão e não da condenação, muito mais como um missionário estudando a cultura e a língua de uma tribo estrangeira, a fim de compartilhar Jesus da melhor forma possível, mostrando que Ele é nosso Amigo. 

Criar meu filho primogênito tem sido um desafio para mim. No ano passado, entendi o porquê: eu dei à luz um pecador! Depois que você parar de rir, pense um pouco sobre isso. Quando ele tinha apenas três semanas de vida, comecei a perceber um padrão de ansiedade herdado. Então, vê-lo expressar características que me são tão familiares me faz ver quanto é difícil lembrar que ele não tem experiência de vida para expressar essas coisas que vêm tão “naturalmente” para ele. 

Meu filho faz algo errado e eu reajo como se ele já tivesse que saber qual é a maneira correta de se comportar. Infelizmente, eu já parti para a punição diversas vezes, sem levar em conta que ele estava agindo de acordo com uma lógica muito coerente com a natureza pecaminosa, que não conhece ou não valoriza – ainda – o jeito divino de agir. Eu troquei a paciência pela frustração, achando que ele já devia “saber o que fazer”. Afinal de contas, eu incluo Jesus no nosso dia por meio de histórias, canções, orações e o preparo para o sábado. Como é que ele diz que não conhece Jesus? 

Meu filho também pode ver o pecado agindo. Ele foi criado dentro de uma cultura que preza a autossobrevivência e que tem pouca experiência em escolher o coletivo. Por isso, quando o Jonathan insistiu que queria guardar um livro de colorir de personagens de desenho animado que eu havia jogado no lixo, eu lhe disse que queria que ele colorisse algo melhor do que personagens de desenho. Eu não queria que ele se apegasse aos personagens, mas sim a Jesus. Foi quando ele respondeu com sinceridade: “Mas eu não O conheço.” Tudo bem, nós não nascemos conhecendo Jesus. Conhecemos o pecado. Nossos desejos nos controlam e vivemos para nós mesmos – até O conhecermos. 

Meu filho se parece comigo e até fala como eu falo, mas se eu olhar mais para Jesus e começar a ver meu filho do jeito que Ele o vê, aí meu filho vai passar a conhecê-Lo. Por isso, tenha bom ânimo. Se formos compassivas e buscarmos conhecer nossos filhos, teremos a oportunidade de amá-los e educá-los e, certamente, mostraremos quem Jesus é. Oro para que o Senhor abençoe ricamente seu campo missionário e que seus filhos possam dizer: “Eu conheço Jesus!” 

Jessica Earl