Sábado
06 de dezembro
LENTILHAS
Então, Jacó serviu a Esaú pão com ensopado de lentilhas. Depois de comer e beber, ele se levantou e foi embora. Assim, Esaú desprezou o seu direito de primogenitura. Gênesis 25:34

Esaú havia acabado de sair de uma caçada. Com o estômago vazio, ele tomou uma decisão precipitada. Simplesmente não pensou. Desprezou a sua primogenitura. Para você entender melhor o que estou falando, lembre-se de que, naquele tempo, o primogênito recebia do pai o dobro da herança dada ao mais novo, além de primazia e prestígio. Por que Esaú fez isso? Acredito que a resposta seja: ele foi dominado pelo espírito impulsivo e imediatista.

Há um grande desequilíbrio entre os desejos e as necessidades humanas. Acreditar que seremos felizes à medida que satisfizermos todos os nossos desejos é um erro. A solução para os nossos problemas não está em produtos, viagens, bens e outras ambições. Visitar os lugares sonhados, comprar o carro do ano ou comer um simples prato de lentilha não resolverá definitivamente os nossos problemas, por mais que desejemos intensamente essas coisas.

O ensopado superfaturado que Esaú comeu é um símbolo dos negócios insensatos que corremos o risco de fazer nesta terra, sem levar em conta o futuro. Cada decisão tem um preço, e o tempo é o agiota mais impiedoso. Ele cobra a maior taxa de juros do mercado.

Diante de uma necessidade imediata, um mero ensopado pode se tornar a coisa mais importante do mundo para uma mente controlada pelos desejos. O espírito imediatista faz com que pessoas tomem decisões das quais certamente se arrependerão. Esaú passou o cartão sem considerar que a fatura um dia chegaria.

Ellen G. White nos deixou um importante conselho: “A fortaleza de caráter consiste em duas coisas – força de vontade e domínio de si mesmo. Muitos jovens confundem paixão forte, desenfreada, com força de caráter; o fato, porém, é que aquele que é dominado pelos desejos é fraco. A genuína grandeza e nobreza do homem medem-se pela força dos sentimentos que ele subjuga, não pela força dos que o dominam” (Testemunhos Para a Igreja, v. 4, p. 575 [666]). Pense nisso!