A capacidade de escolher é o atributo mais precioso com o qual fomos dotadas na criação, pois nos torna seres livres e determinantes de nosso destino.

Deus não nos fez robôs. Ele nos deu uma mente hierarquicamente organizada de forma que a razão e a consciência controlassem nossos atos, emoções e relacionamentos e nos dessem o discernimento para escolher. O pecado distorceu essa ordem, e o discernimento humano foi comprometido. Ora apenas a fria razão comanda as escolhas, ora uma consciência adoecida, ora as emoções.

Há escolhas fáceis de fazer, outras nos deslocam da zona de conforto, causando medo e insegurança. É por medo de assumir responsabilidades, riscos e consequências que muitos deixam que outros escolham por eles. Porém, somos seres maduros e independentes na medida em que escolhemos, responsabilizando-nos por riscos e consequências que delas advenham.

Nosso cérebro realiza diversos processos mentais, como percepção, aprendizagem, pensamento, atenção, memória e outros. Portanto, os modelos que tivemos, nossas crenças e convicções e nossos constantes aprendizados são relevantes ao fazermos escolhas.

Seria fácil se programássemos o cérebro para escolher sempre o que é o melhor, não é mesmo? Contudo, nosso guia interno do certo e do errado
é muito duvidoso, por causa do pecado.

Por isso, precisamos de sabedoria divina para cada escolha que temos que fazer. Durante algumas escolhas, enfrentaremos angustiantes encruzilhadas porque nossa razão pode nos indicar um caminho, e Deus, outro. Por isso teremos que mortificar desejos acariciados, se quisermos escolher o melhor. No entanto, terminaremos no caminho da vida, se aceitarmos sempre a direção divina.

“Deus nos deu o poder da escolha; a nós cumpre exercitá-lo. Não podemos mudar o coração, nem reger nossos pensamentos, impulsos e afeições. Não nos podemos tornar puros, aptos para o serviço de Deus. Mas podemos escolher servi-Lo, podemos entregar-Lhe nossa vontade; então, Ele operará em nós o querer e o efetuar, segundo a Sua aprovação” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 176).

Deseja exercitar bem sua capacidade de escolher? Submeta sua vontade ao Senhor e tenha a certeza de que colherá bons frutos e não terminará em amargo arrependimento.