Nos Estados Unidos, alguém que comete um crime muito grave pode ser condenado à morte. Ao receber a pena capital, o condenado vai para o corredor da morte, onde vive seus últimos dias. Nos tempos de Jesus, viver com lepra era como estar no corredor da morte. O leproso tinha que deixar a família e os amigos e morar fora da cidade, no vale dos leprosos. Se, por algum motivo, ele se encontrasse com alguém, deveria tocar um sino e gritar “leproso” ou “imundo”, deixando claro que ninguém deveria ter contato com ele. Assim deveria viver até o fim de seus dias.
O contexto do verso de hoje nos diz que Jesus descia o monte seguido por uma grande multidão, quando um leproso quebrou as regras sociais e se aproximou Dele. Nesse momento, a visão do evangelista Marcos complementa a descrição de Mateus, pois enquanto Mateus fala que o leproso “adorou-O”, Marcos acrescenta que ele se colocou de joelhos diante do Mestre e disse: “Se quiseres, podes purificar-me!”
Adorar a Cristo, nesse contexto, é reconhecer que Ele tem o poder de realizar aquilo que ninguém pode fazer por si mesmo. Jesus, então, sentiu compaixão por aquele homem que estava sentenciado à morte. Esse sentimento nasce no íntimo de Seu coração e ultrapassa a compaixão ou a piedade, pois isso leva Jesus à ação. E Ele toca aquele que há muito tempo não era tocado por ninguém. Foi um toque de amor e aceitação. Por fim, Ele responde à indagação feita pelo leproso e diz: “Quero. Seja purificado!”
Como os prisioneiros no corredor da morte ou como os leprosos nos tempos bíblicos, todos fomos sentenciados à morte, mas Cristo teve compaixão de nós e pagou a pena em nosso lugar, dando-nos o direito à vida eterna. Se você deseja ser liberto, mostre suas feridas para Ele, prostre-se diante Dele e O adore, pedindo a Ele que faça por você aquilo que você não consegue fazer por si mesmo. Deus tudo pode fazer!