Sexta-feira
17 de agosto
Livramento divino
O Anjo do Senhor fica em volta daqueles que O temem e os protege do perigo. Salmo 34:7, NTLH

Num dia claro, ensolarado, de agosto de 1998, eu me sentia incomumente emocionada, pois dentro de poucos dias minha filha começaria a frequentar formalmente a escola. Naquela sexta-feira, depois de terminar as compras do mercado, minha filha e eu passamos pela costureira para buscar os uniformes escolares. Fiquei eufórica ao segurar os pequenos uniformes e inspecioná-los. Minha filha também não conseguia conter a empolgação, ao fazermos a prova final com a costureira.

Chegamos por volta das 14h45. Meu esposo, empreiteiro de construções, saudou-nos do seu escritório, que ficava no mesmo conjunto. Ele indicou que viria para casa dali a pouco. Em torno das 15h, ele entrou em casa pela porta da cozinha. Aí me deu um beijo de despedida e disse que sairia para pagar o salário semanal dos seus funcionários. Geralmente, ele saía de casa às sextas-feiras por volta das 15h15 para pagar os empregados. Todavia, naquela sexta-feira, saiu quinze minutos antes, sem uma razão explicável.

Às 15h05, a porta da cozinha se abriu de supetão. Achei que meu esposo houvesse deixado algo para trás e havia retornado para buscá-lo. Olhei em volta, esperando vê-lo. Em vez disso, fixei os olhos diretamente em um homem mascarado, segurando um revólver. Aterrorizada, gritei de modo incontrolável. Ele ordenou que eu parasse de gritar.

“Onde está seu esposo, e onde está o dinheiro?”, ele quis saber, referindo-se ao pagamento dos salários. Eu disse que meu esposo havia saído e que não tínhamos dinheiro.

O assaltante foi até a sala de estar, onde minha mãe cuidava da minha filha e do bebê de quatro meses. Ao ver o pistoleiro, mamãe gritou: “Jesus! Jesus! Jesus!” Quanto mais o homem mandava que ela ficasse quieta, mais ela gritava.

Naquele momento, vi uma oportunidade de escapar pela cozinha e ir para o quintal – onde vi outro homem mascarado num veículo! Como o veículo não bloqueava a entrada da propriedade, pude correr e ir para a rua a fim de pedir socorro. Muito rapidamente, o trânsito se congestionou fora de casa, enquanto minha mãe também pôde escapar com as crianças – sem ferimentos.

Creiamos verdadeiramente que o anjo do Senhor se acampará ao nosso redor hoje e nos livrará.

Gerene I. Joseph