Em 2013, meu marido e eu fomos convidados para realizar uma semana de oração em Pernambuco. Enquanto meu marido apresentava as mensagens para os adultos, na nave da igreja, eu estava com as crianças em uma sala nas dependências da igreja.
Em um dos dias, fomos levados para conhecer um parreiral. Aprendemos muita coisa, além de aproveitar para comer muitas uvas de várias espécies, inclusive uvas sem sementes. Uma curiosidade sobre a parreira é que, depois que ela dá uvas, é preciso cortar parte do pé, senão ela não dá mais fruto.
Depois de nosso passeio, saindo daquele lugar exuberante, vi um grande cacto redondo, de aproximadamente três quilos. Eu me lembrei de que minha avó gosta muito de cactos e resolvi levá-lo comigo, mesmo estando a 1.500 quilômetros de distância dela. Depois de muita insistência de minha parte, meu marido resolveu arrancar aquele belíssimo cacto e levá-lo conosco.
Viajamos de ônibus de volta para a Bahia. Já era noite quando descemos às margens da BR 101, onde fica a entrada da FADBA – Faculdade Adventista da Bahia (antigo IAENE). Meu esposo ouviu gritos de três mulheres que haviam descido antes de nós, mas não sabíamos que elas estavam sendo assaltadas por três bandidos.
Vimos quando eles correram. Dois se esconderam no mato, e um deles veio ao nosso encontro. Meu marido, com nossa filha no colo, e eu começamos a correr. Desesperados, atravessamos a BR, deixando para trás os nossos pertences. Seguindo a orientação do meu esposo, continuei correndo com a criança no colo e só parei de correr quando cheguei ao povoado Capoeiruçu. Meu esposo ficou do outro lado da BR, observando o salteador se aproximar das coisas que tínhamos deixado para trás.
Você ainda se lembra do cacto de três quilos que eu estava levando para minha avó? Então, ele estava em uma caixa de papelão, por cima de todas as outras coisas. Já imaginou o que ocorreu, não é? Isso mesmo, assim que o salteador meteu a mão na caixa, encontrou o cacto. Imediatamente ele largou o que tinha pego e correu velozmente para dentro do mato.
Vimos Deus nos proteger de uma forma grandiosa naquela noite. Quem diria que um cacto poderia ser utilizado para nos trazer salvação e livramento? Temos que confiar na providência divina para nos livrar dos perigos. Ele pode usar meios inusitados.
Luana Darlen da Silva Pereira Vieira