Quinta-feira
30 de janeiro
Luz do mundo
De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem Me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida. João 8:12

Provavelmente, Jesus tenha feito essa declaração ao entardecer do último dia da Festa dos Tabernáculos, a propósito da cerimônia das luzes, assim como a afirmação sobre a qual refletimos ontem estava relacionada com o ritual de libação da água. A cerimônia das luzes lembrava a peregrinação dos israelitas pelo deserto, sob a coluna de nuvem durante o dia, ou de fogo durante a noite; ambas indicadoras da presença protetora de Deus. Já na primeira noite da festa, lâmpadas de ouro eram acesas no templo. Além dessas, em cada um dos oito dias seguintes, luzes eram acesas também na cidade, iluminando-a completamente. Ellen White descreve esse ritual:

“No centro desse pátio, erguiam-se dois altos pilares sustentando suportes de lâmpadas, de grandes dimensões. Depois do sacrifício da tarde, acendiam-se todas as lâmpadas, que derramavam luz sobre Jerusalém. Essa cerimônia comemorava a coluna luminosa que guiara Israel no deserto, e era também considerada como apontando para a vinda do Messias. À noitinha, quando se acendiam as lâmpadas, o pátio apresentava uma cena de grande regozijo. Homens de cabelos brancos, os sacerdotes do templo e os príncipes do povo, uniam-se em festivas danças ao som dos instrumentos e dos cantos dos levitas” (O Desejado de Todas as Nações, p. 463).

A cerimônia era deslumbrante, mas certamente não expulsava as trevas espirituais do coração. Atento a isso, Jesus declarou ser Ele mesmo a verdadeira luz. Essa luz era tão necessária naquele tempo como é ainda hoje para o ser humano que tateia na escuridão moral e espiritual buscando saída segura para seus medos e incertezas.

Nos dias de Cristo, densas trevas de legalismo, rituais vazios e tentativas de manipulação por parte dos líderes circundavam o povo. Hoje, a humanidade é envolvida pelas trevas do temor, do sentimento de culpa, do orgulho intelectual, da violência em todas as suas formas, do relativismo de valores, da instabilidade econômica, do secularismo, da indiferença e da incredulidade. As conquistas logo se demonstram efêmeras, e o que era celebrado como algo grandioso se perde na escuridão do vazio.

Somente sob o foco da luz divina – Cristo Jesus –, a vida vale a pena, e nossas conquistas do trabalho têm sentido. A fim de que desfrutemos a plenitude da vida, devemos viver e trabalhar sob o brilho da Luz celestial.