Em uma excursão com a turma da escola, fomos à Chapada Diamantina, no estado da Bahia. Na Gruta da Lapa Doce, ficamos encantados com as belezas naturais. Ao iluminarmos as várias partes da gruta com nossas lanternas, encontramos estalagmites e estalactites de variados tamanhos e aspectos, formadas a partir de séculos de gotejamento de carbonato de cálcio.
Então chegamos a um grande salão de pedra, e o guia pediu para nos sentarmos em círculo e desligarmos nossas lanternas. Quando somente a lanterna dele ficou ligada, ainda podíamos ver todo o imenso ambiente. Ele desligou sua lanterna, e as trevas se tornaram absolutamente densas. O guia pediu para colocarmos as mãos em frente ao rosto, mas era impossível enxergar qualquer coisa. Nesse momento, ele acendeu um simples palito de fósforo. Foi como se alguém tivesse ligado os refletores de um estádio. Então ele disse: “A luz espanta as trevas, e as trevas não prevalecem contra ela.”
Ficamos admirados com suas palavras. Mas, enquanto ele falava, o palito era consumido pelo fogo, até que a chama se apagou. Entretanto, a brasa daquele palito de fósforo era suficiente para iluminar todo o salão, e podíamos nos ver com algum grau de nitidez. Quando a brasa se apagou, voltamos para a mais profunda escuridão. A física explica essa experiência de forma simples: escuridão é ausência de luz.
O apóstolo João capta essa linda lição extraída da natureza para apresentar Cristo. A Luz havia chegado, e os seres humanos não mais andariam em trevas. Os judeus deveriam ter compreendido, pois diariamente acendiam grandes lâmpadas em alusão à coluna de fogo que havia guiado o povo de Israel pelo deserto, representando a presença divina. Mais tarde, o próprio Cristo reafirmou as palavras de João, dizendo: “Eu sou a luz do mundo. Quem Me segue nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8:12).
Cristo deseja ser sua luz. Não importa quão densas sejam as trevas da sua vida. Ele é a única luz que pode mudar essa realidade, pois dissipa o mal, transforma o desespero em paz, o vício em virtude e a morte em vida.