Quarta-feira
12 de julho
LUZES
Confiem no Senhor, seu Deus, e estarão seguros; confiem nos profetas Dele, e tudo o que vocês fizerem dará certo. 2 Crônicas 20:20, NTLH

Hoje, costumamos chamar os escritos de Ellen G. White de “Espírito de Profecia”. Em seus dias, porém, os adventistas os chamavam de “Testemunhos”. Tendo isso em mente, observe algumas de suas declarações: “Nossa atitude e crença têm por base a Bíblia. E nunca queremos que ninguém faça prevalecer os Testemunhos sobre a Bíblia. […] Os testemunhos da irmã White não devem ser postos na dianteira. A Palavra de Deus é a norma infalível. Os Testemunhos não devem substituir a Palavra” (Evangelismo, p. 256). Esses conselhos nos mostram a posição de seus escritos em relação à Bíblia e nos advertem quanto ao uso inadequado daquilo que ela escreveu.

Segundo sua orientação, não se deve, por exemplo, subir ao púlpito e abrir um de seus livros e, simplesmente, pregar aquilo que ali está exposto, deixando de lado a Bíblia. Isso seria substituir a Palavra, o que ela claramente proibiu. Também o pregador não deve começar um sermão estabelecendo um fato por meio daquilo que ela escreveu, para depois voltar-se para a Bíblia, ou enfatizar seus escritos acima da Bíblia. Isso seria colocar os Testemunhos na dianteira das Escrituras, o que ela também recomendou que não se fizesse.

Ao estabelecer a relação entre a Bíblia e seus escritos, Ellen White observou: “Pouca atenção é dada à Bíblia, e o Senhor deu uma luz menor para levar homens e mulheres à luz maior” (Evangelismo, p. 257). Seus escritos são a “luz menor”, o que diz respeito não à inspiração maior ou menor, mas à sua função. O propósito de seus escritos é conduzir à Bíblia, que, por sua vez, é a “luz maior”, cuja função é nos levar a Cristo e à salvação (Jo 5:39).

Portanto, o procedimento correto consiste em ler as Escrituras e, depois, buscar explicação e aplicação, fazendo uso, também, da revelação de Deus por meio dos escritos de Ellen White. Desse modo, a Bíblia não será descartada nem colocada em segundo plano, mas ocupará o lugar de honra que lhe é devido – tendo a primazia e sendo a base do sermão –, e os escritos de Ellen White cumprirão com seu papel – o de nos auxiliar na compreensão e na aplicação do texto sagrado.