Sábado
11 de fevereiro
Mãe ou filha?
Mas Jesus lhe disse: Mulher, que tenho Eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora. João 2:4, ARA

“Pai, vou colocá-lo de castigo! Você tem sido muito desobediente. Pedi um tênis novo, e você não comprou. Mãe, sua situação não é diferente. Levanto da cama todos os dias, e nada de você arrumar a bagunça. Estou perdendo a paciência!” É engraçado, mas muita gente tem tratado o Pai do Céu mais ou menos assim. E isso não é novo.

No casamento em Caná, Maria quis, como mãe, determinar o que Cristo deveria fazer em relação à falta de vinho. Para ela, a festa era a oportunidade de Jesus ser apresentado ao povo como o futuro rei de Israel de modo glorioso. Tentou controlar o ministério do filho. Jesus não permitiu.

Nos tempos bíblicos, o papel de mãe era a única posição de autoridade que uma mulher exercia em relação a um homem. No casamento, Maria falou com Jesus como “mãe”, mas foi tratada por ele como “mulher”. Com muito respeito, Jesus deixou claro que, embora ela fosse sua mãe, no que se referia a seu ministério, ela era uma filha, como qualquer outra mulher. Maria entendeu a lição.

E nós, como temos agido em relação a Jesus? É Ele quem realmente determina o que vai acontecer em nossa vida, ou achamos que podemos comandar essa relação? Nossas orações são pedidos de filhos dependentes ou são ordens intransigentes de “pais” e “mães” para Deus como se Ele fosse nosso “filho”? Há gente por aí ensinando que, na oração, é preciso “determinar” para Deus, como se o Senhor fosse nosso subordinado. Não é por aí. Ao orarmos, devemos, com humildade e fé, suplicar que a bondosa vontade de Deus seja feita, e não a nossa.

A história de hoje também me faz pensar que, na relação entre pais e filhos, deve haver respeito mútuo. Entretanto, o senso de subordinação e obediência dos filhos em relação aos pais não é algo que se possa negociar. Quando os princípios da Palavra de Deus não estiverem em jogo, é dever dos filhos obedecer aos pais com todo respeito e amor. Jesus não teria nenhuma dificuldade em obedecer à sua mãe naquela festa se ela não estivesse tentando interferir na relação dele com o Pai celestial.

Jesus é o Pai, e nós somos os filhos. É Ele quem sempre sabe o que é melhor para nós. Por isso, devemos confiar que, se a vontade dele prevalecer, nós sempre seremos beneficiados.