Ohio pode ter invernos rigorosos, e o inverno passado não foi exceção. Era necessário esparramar sal, quase diariamente, sobre ruas e calçadas para torná-las seguras. O sal ajuda a derreter a neve, mas pode deixar manchas de resíduos brancos como giz sobre as superfícies. Se você já se encostou no seu carro durante o inverno e descobriu um resíduo salgado na roupa, então já sabe do que estou falando.

Numa manhã de inverno, com as mãos cheias, peguei o jornal, que era entregue dentro de um saco plástico, e o acrescentei às outras coisas que estavam em meus braços. Quando me preparei para sair do trabalho naquele dia, vesti o casaco preto e notei uma substância branca grudada em toda a sua superfície. Eu ainda tinha coisas para fazer antes de ir para casa e não queria entrar na loja daquele jeito. Então peguei minha bolsa e a sacola do lanche e fui ao banheiro remover as manchas de sal.

Depois de umedecer algumas toalhas de papel, comecei a passá-las no meu casaco, mas parecia que, após limpar uma mancha, aparecia outra. Então notei que minha bolsa preta também apresentava manchas. Peguei mais toalhas de papel e comecei a limpá-las. Ah, não, mais manchas na sacola do lanche também! De onde veio tudo isso?

Do jornal! Mal sabia eu que quando o recolhi naquela manhã, sua cobertura plástica devia ter sido pisada antes por alguém com a mistura de sal e neve semiderretida na sola do sapato. Então a mistura salina foi transferida para meus pertences e roupas quando toquei nela. Mais cedo, naquela manhã, a mancha do resíduo não era visível. Com o transcorrer do dia, porém, secou e ficou feia.

Enquanto estava no banheiro esfregando, com todo vigor, o meu casaco, a bolsa e a sacola do lanche, pensei no pecado e em como ele gruda em nossa vida. Embora, a princípio, nem sempre seja notado, é certo que deixará uma mancha, a menos que a oração e a comunhão diária com o Pai celestial o esfreguem e eliminem.

Senhor Jesus, peço que me laves e me deixes mais branca que a neve.

Angèle Peterson