Meu filho mais velho tinha dois anos quando eu, Everton, o levei ao parquinho da escola para brincar no escorregador. Eu o colocava no topo, e ele alegremente descia. Mas chegou um momento em que ele mesmo queria subir a escada. Então pensei: “Será que ele está pronto?” Na hora do teste, fiquei atrás dele, o mais perto possível. Ao mesmo tempo, torcia e o incentivava. Coloquei uma mão diante de seu rostinho para evitar que batesse na escada, caso escorregasse; e a outra, deixei atrás, para que não caísse, caso ficasse sem força para subir.
No verso de hoje, Davi reconhece o cuidado e a proteção de Deus para com ele, pois, ao longo de sua vida, muitas vezes foi alvo de Sua proteção especial: nos embates contra um leão e um urso; na luta contra o gigante Golias; nos livramentos durante as perseguições de Saul; e nas inúmeras batalhas que travou. As mãos de Deus sempre estiveram sobre ele, cercando-o por trás e pela frente.
Há muitos testemunhos de pessoas que escapam de acidentes por pouco. Quando nos deparamos com eventos assim, dizemos que houve um livramento de Deus. E isso está correto. Mas a maioria dos livramentos divinos não ocorrem em situações dramáticas e evidentes. Os olhos vigilantes e as mãos protetoras de Deus estão sobre nós em todos os momentos.
A convicção da presença constante de Deus levou o salmista a dizer: “Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim; é tão elevado que não o posso atingir” (Sl 139:6).
Por amar meu filho, eu o cerquei com meus braços para protegê-lo. Ele expressou sua confiança em mim ao ter coragem de enfrentar novos desafios e ultrapassar seus limites comigo ao seu lado.
Saiba que, de forma semelhante, nosso Pai celestial está conosco, com Seus braços estendidos para nos proteger e guiar na jornada neste mundo.