Quarta-feira
29 de junho
Marcas da compaixão
Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência. Colossenses 3:12

Compaixão é algo bom; o excesso de autocompaixão não. A compaixão faz você agir; a autocompaixão exagerada gera passividade. A compaixão fez de Jesus o Salvador do mundo; a autocompaixão desmedida O teria feito desistir da cruz (Mt 16:22). Há uma diferença significativa entre os dois sentimentos.

Alguém disse certa vez: “Se eu tiver câncer, todos terão compaixão de mim. Virão me abraçar e perguntar como me sinto. Serão empáticos e solidários.” Na opinião dele, trata-se de uma reação instintiva, uma fraqueza que pessoas inteligentes aprenderão a desautomatizar. Já imaginou como seria o mundo se todos pensassem assim?

A Bíblia reprova a autopiedade, mas exalta a compaixão. Muitos nos dias de hoje evitam as duas coisas, pois veem nisso um sinal de fraqueza, justamente o contrário do que o cristianismo ensina. Entretanto, quer exista em nós o “DNA da compaixão”, quer não, sua necessidade se manifesta em situações de conflito. Em épocas de crise, por exemplo, as pessoas competem de maneira desleal. Na guerra e na fome, matam-se umas às outras para sobreviver (2Rs 6:25-30). Em um ambiente assim, é difícil conviver.

Quando Cristo resumiu os Dez Mandamentos em dois grandes princípios, o Senhor ensinou que devemos manter o equilíbrio entre o amor-próprio e o amor ao próximo (Mt 22:37-39). Na opinião de Jesus, ser compassivo não enfraquece; fortalece (Mt 18:33). Ele aplicou esse princípio ao uso das riquezas (Mt 19:21), à resolução de conflitos familiares (Lc 15:20), às necessidades únicas de cada ser humano (Mt 18:27; 20:34; Mc 1:40-41; Lc 7:13), à liderança (Mt 9:36; 14:14; 15:32; Mc 6:34; 8:2) e à teologia que, se praticada sem misericórdia, deixa de revelar o verdadeiro caráter de Deus (Mt 14:14; Lc 10:33; Jo 4:10, 11).

Hoje, eu convido você a olhar para si mesmo e identificar as suas feridas emocionais, pois elas interferem no modo como você leva a compaixão divina à sua vida prática. Peça que o Senhor o torne sensível, equilibrado e compassivo para com as necessidades daqueles que estão a seu redor, como o foi Jesus. O ministério da compaixão é uma das muitas formas escolhidas por Deus pelas quais você pode antecipar o Céu. É manifestando compaixão para com o necessitado que nos tornamos representantes de Cristo na Terra. Pense nisso!