No livro A Vida é uma Arte, o psicólogo Belisário Marques fala sobre a aventura de se viver em um mundo competitivo e cheio de desafios. Pelo fato de estarmos inseridos em um universo de ideias, valores, ganhos e perdas, precisamos a todo instante de recursos para nos adaptarmos às mudanças e à realidade que nos cerca. Para Marques, “a busca do aperfeiçoamento é incessante; é um contínuo atualizar-se” (p. 18). Isso tem tudo a ver com maturidade.
A maturidade é uma das características essenciais nos relacionamentos. Corresponde à capacidade de viver com adequação, responsabilidade, discernimento moral, empatia, resiliência e o conhecimento equilibrado de si mesmo. Indivíduos maduros crescem na vida e se adaptam às mudanças. Comportam-se melhor no casamento, na empresa, na escola e contribuem para o crescimento harmônico da sociedade.
O problema é que, no mundo pós-moderno, a maturidade tem sido um artigo cada vez mais raro. Devido a uma educação deficitária, principalmente aquela recebida em casa, as pessoas têm demorado muito a amadurecer, se é que um dia isso acontecerá para alguns. A psicologia denominou esse comportamento de “Síndrome de Peter Pan”, uma alusão ao personagem que vivia na Terra do Nunca e que não queria crescer. Você conhece pessoas assim?
O verso de hoje nos convida a deixar para trás as “coisas de menino”. Isso não quer dizer que, a partir de hoje, você deva parar de brincar, sorrir e se alegrar. Não é isso. O problema é se as diversões estão interferindo em sua capacidade de crescer no emprego, aprender um idioma, ter mais amigos ou servir aos necessitados. Precisamos amadurecer, e isso envolve reconhecer que a vida não é um parque de diversões, mas uma busca constante e permanente por crescimento.
Deixar a vida de criança para Paulo tem a ver, principalmente, com o amadurecimento no relacionamento com Deus. Não podemos ser os mesmos de dez anos atrás. Deus espera frutos maduros e uma intimidade real com Ele. E aí, topa crescer hoje?