–Vovó, quero minha meditação – minha neta me pediu com urgência em sua voz de criança de quatro anos.
– Certo, querida – respondi. – Suba na cama com a vovó.
Neriah ama o culto em família e aprendia os versos bíblicos que seus irmãos mais velhos memorizavam. Um dia, ela sorriu para mim.
– Vovó, eu conheço o verso!
E depois verbalizou:
– “Caiu! Caiu a grande Babilônia” (Ap 14:8).
Bem, era hora do culto. Embalando-a em meus braços, cantamos juntas algumas músicas sobre Jesus e a oração. Depois, lemos uma história da Bíblia. Por fim, fizemos uma oração e encerramos o culto.
Comecei a cochilar. A pequena Neriah subiu, pegou seu remédio para tosse, trouxe para mim e disse:
– Vovó, quero minha medicação.
Sorri quando entendi o que tinha acontecido. Aquela garotinha animada – que estava com um resfriado e contínuas crises de tosse – havia me pedido não uma meditação, mas a sua medicação.
A Bíblia diz que estamos doentes. “Toda a cabeça está doente, e todo o coração está enfermo. Desde a planta do pé até o alto da cabeça não há nada são, a não ser feridas, contusões e chagas abertas, umas e outras que não foram limpas, nem atadas, nem tratadas com azeite” (Is 1:5, 6). O próprio Jesus disse: “Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes; Eu não vim chamar justos, e sim pecadores” (Mc 2:17).
Então do que precisamos? Precisamos meditar na Palavra de Deus, escondendo Suas verdades em nosso coração para não pecarmos contra Ele. Além disso, faria bem aceitarmos o colírio medicinal que Deus nos oferece, a fim de que possamos ver as coisas maravilhosas da Sua lei.
Do que precisaremos hoje: meditação, medicação – ou de ambas?
Hyacinth V. Caleb