Único mamífero com capacidade de voar, o morcego pertence a uma grande família com mais de mil espécies. Eles representam cerca de 25% de toda a fauna de mamíferos do mundo. Alguns são enormes, como as raposas voadoras da Ásia, África e Oceania, que alcançam até dois metros de envergadura. Em nosso país existem ao redor de 140 espécies de morcegos. Alguns se alimentam de pólen, néctar e das próprias flores. Os frugívoros comem frutas. Mas há também os que preferem peixes, rãs, aves, ratos ou outros morcegos. O cardápio arrepiante é dos hematófagos, que se alimentam apenas de sangue.
Além de eficientes dispersores de sementes, os morcegos polinizam plantas (maracujá, pequi, etc.). Agem também como controladores de insetos noturnos. Um morcego insetívoro de apenas quatro gramas devora até 200 insetos em uma única noite. No século 19, colaboraram para uma atividade perigosa: suas fezes eram utilizadas na fabricação de pólvora.
Os morcegos são bons nadadores e enxergam muito bem. O sonar, ou mecanismo de ecolocalização, permite identificar, no escuro, o tipo de ambiente, bem como a forma e a dimensão dos objetos. Funciona a partir de gritos emitidos por órgãos localizados na boca, no tórax ou nas narinas. Eles também o utilizam para caçar. Os guinchos são ondas de altíssima frequência, inaudíveis aos ouvidos humanos. Ao atingir um objeto, o ultrassom reflete, bate e volta em forma de eco captado pelos ouvidos do bicho.
Ao dizer que os adoradores de ídolos lançarão suas imagens aos morcegos, o profeta Isaías pode estar se referindo ao total abandono em que ficarão seus lugares de culto. Quem já esteve em um ambiente onde tem morcego morando, pode ter uma ideia. Isso acontecerá na volta de Jesus, quando a melhor utilidade destinada aos ídolos será servir como poleiro para morcegos. Ídolos feitos de ouro, madeira e cerâmica “têm boca, mas não podem falar, olhos, mas não podem ver; têm ouvidos, mas não podem ouvir, nariz, mas não podem sentir cheiro; têm mãos, mas nada podem apalpar, pés, mas não podem andar; nem emitem som algum com a garganta” (Salmo 115:5-7). Qualquer coisa, material ou não, que bloqueie nossa afeição a Deus é um ídolo. É melhor lançá-la aos morcegos, hoje.