Quinta-feira
01 de agosto
Mostre a sua cara
Quando os soldados de Israel viram que a situação era difícil e que seu exército estava sendo muito pressionado, esconderam-se em cavernas e buracos, entre as rochas e em poços e cisternas. 1 Samuel 13:6

A vida em um buraco. Com os tatus é assim: cavando, sempre cavando. O canastra, por exemplo, cava um novo buraco a cada sete dias, ou seja, 52 covas ao ano. Há 20 espécies de tatus espalhadas pelo mundo, sendo que a metade vive em nosso país. O pichiciego é argentino e o menor de todos, com 12 centímetros e aproximadamente 100 gramas. O gigante da turma é o canastra brasileiro, já encontrado com um metro e trinta e nove centímetros, e pesando 50 quilos.

Os tatus têm uma couraça articulada, revestida de placas ósseas e dois grandes escudos, um no ombro e outro na anca, interligados por uma série de cintas transversais. O tatu-bola é o rei do contorcionismo. Já o canastra move o corpo em todas as direções.

O tatu-galinha, um tatu brasileiro, atravessou a América Latina e migrou para os Estados Unidos, onde causa grandes prejuízos às plantações. Pegá-lo não é fácil, pois camufla suas tocas com várias entradas falsas. Cada ninhada do galinha pode ter quatro e até doze filhotes do mesmo sexo. Entre os mamíferos, essa é uma característica única. Além disso, são gêmeos idênticos, nascidos do mesmo ovo.

A única forma de o tatu se defender é entrando em um buraco. E isso ele faz muito bem. Ao cavar, joga a terra para trás, entupindo a entrada. O canastra tem cerca de 15 centímetros de unhas dianteiras, e puxá-lo não é fácil. Ele gruda no chão e se imprensa contra as paredes do buraco. Pesquisadores que encontraram um canastra cuja toca foi calculada em 30 metros de comprimento, apelaram para um “dilúvio” e inundaram a toca do bicho com três mil litros de água. Ele foi pego enquanto escavava uma chaminé vertical até a superfície.

Os tatus se escondem em buracos porque essa é sua natureza. Mas quando os homens fazem isso, algo está errado. O medo levou os israelitas a se esconderem, mas os problemas não podem ser resolvidos enquanto nos encolhemos. Ficar entocado é coisa de tatu. “É melhor tentar e falhar, que preocupar-se e ver a vida passar. É melhor tentar, ainda em vão, que sentar-se fazendo nada até o final. Eu prefiro na chuva caminhar, que em dias tristes me esconder. Prefiro ser feliz, embora louco, que em conformidade viver” (Martin Luther King). Chame Jesus para ajudá-lo e mostre a cara.