Sexta-feira
28 de maio
Mulher doida
“Você ainda mantém a sua integridade? Amaldiçoe a Deus, e morra!” Ele respondeu: “Você fala como uma insensata. Aceitaremos o bem dado por Deus, e não o mal?” Jó 2:9, 10

Ela era esposa de um próspero pecuarista na Palestina. Tinham sete filhos e três filhas. Seu marido era um homem honrado e fiel.

Tudo corria muito bem. De repente, toda a estabilidade na qual ela se apoiava desabou. As posses se foram. Todos os filhos morreram. E o marido estava terrivelmente doente e humilhado. Que situação!

Imagine como a mulher de Jó se sentiu. Eram momentos de profunda dor. Nem toda a resiliência do mundo seria capaz de poupá-la da dor que lhe apertava o peito e das lágrimas que caíam. Perder um filho já é doloroso. Imagine perder sete de uma vez! As convicções da mulher de Jó estavam sendo todas testadas.

Se cremos, de coração, mente e alma, que Deus tem o controle de tudo, que estamos sujeitas a um mundo de pecado, e que há Alguém preparando um futuro para nós além desta vida, temos um diferencial nos momentos mais probantes. Porém, se as convicções forem frágeis e incertas, nossas esperanças poderão ruir e nos entregaremos ao desespero.

Na mais profunda dor, Jó tinha uma convicção em processo de construção, mas sua mulher não. Se não bastasse sua dor de pai desfilhado, seu corpo estava cheio de feridas abertas que sangravam, coçavam e doíam. E sua “digníssima” esposa chega com este conselho: “Amaldiçoa a Deus e morre”.

Ela culpava a Deus pelas desgraças. Talvez Jó tenha pensado: “Minha mulher não entende nada… É uma pobre de espírito. Fala sem pensar o que vem à boca. É muito precipitada!” Por isso, ele lhe disse o que está no verso de hoje. Ainda que sejamos empáticas com a esposa de Jó, pois também foi vítima das perdas do marido, ela fraquejou e se tornou uma pedra de tropeço para Jó, quando ele mais precisava de suporte. Na hora mais necessária, lhe faltou confiança para dirigir os olhos do marido para o Deus em quem criam.

Será que às vezes agimos como a mulher de Jó? Ao ver o marido passando por situações difíceis, sentimos a segurança ameaçada e caímos em desespero?

Nesses momentos, em vez de nos entregar à desconfiança e à ansiedade, olhemos para cima e recebamos forças do Alto para sermos o alento de que o marido precisa para continuar lutando e dar a volta por cima.