Sinto-me encorajada pelas muitas esposas missionárias que vieram para as ilhas do Pacífico com seus maridos, navegando para longe dos seus entes queridos, atravessando mares selvagens e tempestuosos – algumas para nunca mais voltar para casa. Outras enfrentaram corajosamente guerreiros canibais, ou perderam todos os seus bens preciosos, antes de chegarem ao destino.

Edith Carr foi a primeira missionária da minha denominação a vir com o marido para Papua Nova Guiné, em 1908. Ela e seu marido, Septimus, foram morar numa pequena cabana ao lado da praia, até que encontrassem um lugar permanente. Semanas se passaram até que eles caminharam e cavalgaram por caminhos acidentados até o planalto, que fi cava trinta quilômetros interior adentro, e conseguiram estabelecer sua estação missionária. Edith trabalhou duro ao lado do marido para organizar uma plantação de seringueiras, dar aulas na escola e realizar cultos matinais e noturnos. Eles tiveram que esperar cinco anos até batizarem o primeiro nativo convertido. Hoje, a igreja de lá tem trezentos mil membros.

Emily Campbell começou o trabalho missionário com seu marido, Alex, em 1926, nas Ilhas Salomão. Ela preparou centenas de refeições, costurou, fez partos e tratou ferimentos de lança. Durante a Segunda Guerra Mundial, soldados inimigos atiraram em sua casa. Enquanto Alex estava fazendo trabalho missionário em outra ilha, Emily teve que voar em um avião antigo com seus dois bebês até um hospital distante, onde um deles morreu.

Mavis Barnard foi uma mulher calma e corajosa, que viveu em Papua Nova Guiné durante a maior parte da sua vida, junto com seu audacioso marido, Len, que era enfermeiro, missionário e piloto. A primeira casa deles foi construída com varas de bambu e grama, e ficava na encosta da montanha de Togoba. Eles viveram ali durante os primeiros quatro anos, com sua fi lha. Uma noite, a casa pegou fogo, por causa de brasas que não tinham se apagado adequadamente. Embora a família tenha escapado ilesa, Mavis perdeu tudo. Len percorreu milhares de quilômetros a pé, antes de se tornar o primeiro piloto missionário nas ilhas do Pacífico. Durante todos aqueles anos, Mavis o apoiou e proporcionou segurança e um lar para seu esposo.

Devemos nos lembrar dessas mulheres corajosas e nos inspirar nelas.

Joy Marie Butler