Duas mulheres foram advertidas por Paulo, na carta aos filipenses: Evódia e Síntique.
Elas eram de Filipos. Alguns autores sugerem que eram anfitriãs em cujas casas se reuniam cristãos filipenses para adorar a Deus e que estavam envolvidas na construção da igreja local, em torno do ano 61 d.C. É possível que estivessem dispostas a ajudar Paulo. Mas houve pontos de tensão entre as duas: alguma convicção doutrinária, mágoas não resolvidas ou alguma questão de poder.
Ao contrário do restante da sociedade grega, onde as mulheres eram isoladas e não participavam da vida pública, em Filipos, na Macedônia, as mulheres tinham personalidade forte. Elas desfrutavam maior autonomia; desempenhavam papéis importantes nos negócios, na construção e fundação de templos, cidades e fortalezas; comandavam exércitos; exerciam cargos políticos e outras funções.
Evódia e Síntique foram reconhecidas por Paulo como líderes, mas suas desavenças perturbariam a harmonia e o crescimento da congregação. E ele as admoestou a pensarem em concordância. Isso significa evitar discussões tolas e não proveitosas e pensar mais nos outros do que em si mesmas.
Divergir faz parte das interações humanas. Cada um tem suas peculiaridades, sua visão e percepção da realidade, as quais nem sempre coincidem com as dos demais. Diferenças não são um mal; elas promovem novas alternativas. O problema é quando elas ocorrem sem respeito e amor, terminando em inimizade. Ao disputarmos com outros, desejando mais destaque, acabamos atrapalhando a obra de Deus.
Por carência emocional, desejo de aparecer, de serem estimadas, ou por serem difíceis de lidar e gostarem de discussões, algumas “Evódias” e “Síntiques”, em vez de ajudar, acabam se tornando empecilhos. Isso pode ocorrer em casa, na igreja, no trabalho, na vizinhança.
Se tivermos a mente de Cristo, se seguirmos o conselho da Palavra de Deus, não insistiremos nos próprios caminhos; mas escolheremos o mais amoroso e edificante para o bem dos demais.
Ao ver alguém em discórdia, oremos e ajudemos na solução do problema, evitando fomentar discussões que não edificam, mas aumentam o problema.
Seja instrumento de Deus para promover paz, harmonia e reconciliação.