O ministério tem situações surpreendentes. Eu (Ailton) falava para um grupo de jovens sobre métodos para testemunhar de Jesus a colegas, familiares e amigos e, no meio do bate-papo, um dos presentes fez uma observação:
– Você se esqueceu de um método muito importante e eficaz.
Curioso, perguntei qual seria. Acredite se quiser. A resposta foi: “namoro evangelístico”. Esse era o método “revolucionário” daquele rapaz para a evangelização de jovens.
– Funciona mais ou menos assim – ele explicou. – Você ora para Deus lhe mostrar uma moça que não é da igreja para você evangelizar. Em seguida, você se aproxima dela e a conquista. Depois você a traz para a igreja e a leva ao batismo. Assim que ela for batizada e se firmar na fé, então você pode terminar o namoro e ir atrás de novas almas para Cristo.
Parece absurdo, mas aquele adolescente retratou algo que acontece no dia a dia de muitas igrejas. Não são poucos os que, infelizmente, caem nessa armadilha. Esse “método”, na verdade, contradiz uma clara verdade revelada na Bíblia: o jugo desigual não é uma boa escolha, pois tenta conciliar o irreconciliável. Luz e trevas não andam juntas.
O que acontece muitas vezes é a pessoa se aproximar da igreja não porque tenha se apaixonado por Cristo, mas pelo namorado cristão. Outra coisa: Quem garante que você vai trazer a pessoa para a igreja? E se ela o levar para o mundo? Na maioria dos casos é exatamente isso o que ocorre. Isso quer dizer que esse “método” tem um grande potencial de gerar confusão e frustrações. É o inimigo de Deus que deseja tirar os jovens da igreja e os levar para o mundo.
O desejo de Deus é que você tenha um namoro cristão, preparando-se para uma vida compartilhada em todos os aspectos, caso o relacionamento evolua para o casamento. A melhor maneira de evangelizar é constituir uma família na qual os cônjuges vivam de maneira plenamente harmônica. Tudo isso passa por um namoro com uma pessoa da mesma fé. Siga as orientações de Deus, e Ele vai cuidar da sua felicidade e da evangelização.