Naim era uma pequena cidade situada a 40 quilômetros de Cafarnaum e 8,5 quilômetros de Nazaré. Sua única via de acesso era um caminho íngreme, onde havia um antigo cemitério de tumbas cavadas na rocha. Provavelmente, ao Jesus Se dirigir para lá com Seus discípulos, tenha visto esse cemitério, que era uma espécie de “cartão de visitas” da cidade.
Ao entrarem em Naim, Cristo e Sua comitiva se depararam com uma procissão fúnebre, um séquito de sofredores encabeçado por uma viúva e seu filho único falecido, dentro de um esquife de vime. O brilho da vida daquela mulher se apagara como o crepúsculo de um dia de inverno. Tempos antes, ela havia perdido o marido, o provedor da família, e agora, seu único filho.
A adversidade experimentada pela viúva comoveu grande parte do vilarejo, que se unia a ela em seus passos para o sepultamento. A cena era comovente. O que a mulher tinha de mais precioso na vida faria, então, companhia às pedras do sombrio cemitério. Era uma realidade sufocante, um pesadelo real.
O que a pobre viúva não esperava naquele dia é que a marcha da morte cruzaria com o cortejo da vida. Os passos que rumavam à necrópole encontraram as pisadas firmes da Graça restauradora. Ao olhar para aquela mulher, Jesus “Se compadeceu dela e disse: ‘Não chore!’” (Lc 7:13).
Quem neste planeta tem autoridade para dizer em um funeral que não se chore? Absolutamente ninguém! Em uma situação de luto, o choro é a melhor coisa a se fazer, na tentativa de aliviar a dor do coração. Mas, para Cristo, o sorriso é melhor que o pranto. O Mestre não apenas falou, mas tocou o esquife. Aquele que tem nas mãos as chaves da morte e da sepultura (Ap 1:18) chamou o rapaz de volta à vida. Para espanto de todos, aquele corpo não ousou permanecer inerte. Imediatamente voltou à vida.
Em seguida, vemos uma das cenas mais lindas do evangelho: Jesus devolve o filho aos braços de sua angustiada mãe. Aquilo foi um spoiler do que ocorrerá quando Cristo retornar. Até que Ele volte, as tristezas deste mundo nos farão chorar. Mas, nessa maravilhosa ocasião, as lágrimas serão somente de alegria.