O médico da sala de emergências apontou as palavras “linfoma” e “baço dilatado” no relatório final da tomografia computadorizada. Seus dedos seguiram as anormalidades nos resultados laboratoriais. Trocamos olhares, não palavras. O médico sabia que eu era enfermeira licenciada e entendia completamente as implicações. As lágrimas brotaram em meus olhos quando comecei a processar o diagnóstico iminente que não era meu; mas de Reece, meu filho de dezesseis anos.
Quatro dias antes, nossas férias familiares tão aguardadas haviam começado. No último dia, Reece desenvolveu sintomas consistentes com apendicite. À medida que as horas passavam, os sintomas pioravam. Meu esposo e eu concordamos que era prudente uma visita ao hospital, antes de fazer a longa viagem para casa. O ultrassom, o raio X e a tomografia computadorizada revelaram um apêndice normal. Entretanto, o técnico descobriu baço e nódulos linfáticos inusitadamente grandes que exigiam atenção. Isso seria simples: tinha que ser mono! Para nossa decepção, o teste para mono foi negativo. A equipe médica compartilhou a impressão final sobre a tomografia computadorizada. Com relatórios médicos e um encaminhamento para um hematologista/oncologista pediátrico em mãos, estávamos a caminho.
A viagem de volta foi longa e sombria. Continuamos em oração. Recrutamos uma multidão de fiéis guerreiros de oração localizados em todo o país. A consulta com o especialista seria em duas longas semanas, e eu não conseguia manter a atenção. Precisava de um momento calmo com Deus, então me retirei para o quarto de hóspedes, onde guardo muitos dos meus livros favoritos. Imediatamente, minha atenção foi dirigida ao título Nova Chance, de Carolyn Sutton. Navegando pelas páginas, senti a paz e a inspiração inundarem meu coração enquanto fazia a jornada de provação e triunfo que a autora descrevia a respeito de sua luta contra o câncer. Terminei o livro em poucas horas, saí do quarto com nova coragem e esperança, determinando que não importava o que acontecesse com Reece, eu confiaria no Senhor.
O dia da consulta chegou com mais testes. O baço tinha diminuído dois centímetros, e a maior parte dos testes laboratoriais estavam normais. Três dias depois, foi absolutamente conclusivo que Reece teve mononucleose o tempo todo! Sim – louvamos a Deus pelo diagnóstico.
Três semanas depois, Deus permitiu que eu conhecesse Carolyn pessoalmente. Nós louvamos a Deus juntas e decidimos continuar confiando em Deus – não importa o que aconteça.
Cindy Mercer