O dia de Natal celebra a chegada de um bebê que veio a este mundo como um presente do Céu. Seu nascimento trouxe esperança ao ser humano e deu novo significado à vida. Nenhuma celebração, porém, pode apagar a trágica realidade de que não havia lugar para Jesus ser recebido em Seu nascimento. O apóstolo João diz que Cristo “veio para o que era Seu, mas os Seus não O receberam” (Jo 1:11).
O rei do Universo deixou Seu trono, Seu lar, o mundo da paz e da perfeição, e veio Se tornar um de nós, mas não havia lugar para Ele neste mundo. As portas estavam fechadas para o Rei da glória. Aquele em quem estavam escondidas toda a esperança e felicidade da humanidade não teve sequer um lugar digno para nascer.
Apesar dos bonitos presépios e dos belos quadros que retratam o nascimento romântico de Jesus, é bom lembrar que uma estrebaria não é um lugar poético. Não há muita coisa sentimental para se ver ali. O lugar cheira mal. No entanto, o fato de Jesus haver nascido em um estábulo não alterou o que Ele é: “Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz” (Is 9:6). O nascimento de Jesus modificou aquele estábulo, tornando-o um lugar de honra. Isso porque, onde quer que Jesus nasça, esse lugar se torna especial.
Assim como o estábulo, nosso coração não é puro nem agradável, mas se permitirmos que Jesus nasça ali, ele se tornará santo, formoso, repleto de paz e esperança. Essa esperança nos enche de gratidão e nos faz inclinar em adoração: “Por isso Deus O exaltou à mais alta posição e Lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra” (Fp 2:9, 10).
Esse é o dia do Deus rejeitado, do Doador da vida que morreu, do Criador do mundo que não teve lugar decente para nascer. Sempre é bom lembrar que, no Natal, tudo o que Jesus quer é um lugar para nascer em sua vida.