Existem diversas formas de classificar as aves. Quero destacar duas que dizem respeito à forma como seus ovos eclodem. Existem, nesse aspecto, as nidífugas e as nidícolas. As primeiras são aves que saem dos ovos com plumagem e prontas para o contato com a natureza. As aves dessa classificação constroem ninhos em pequenas depressões no chão, sem muita proteção, pois os filhotes sairão deles imediatamente após nascerem.
As nidícolas precisam construir ninhos mais sofisticados, seguros e de difícil acesso. Os filhotes desse grupo saem dos ovos com a pele descoberta, olhos fechados e completamente dependentes dos pais. Se os ninhos não forem bem protegidos contra predadores e intempéries do tempo, os recém-nascidos não sobreviverão.
Do ponto de vista espiritual, nós somos como eternos filhotes nidícolas. Não temos proteção natural contra o pecado e facilmente somos ameaçados pelo inimigo. Por isso, o que podemos fazer de mais seguro na vida é seguir o conselho exposto no provérbio de hoje: nunca sair do ninho.
No grande conflito entre o bem e o mal, somos “pequenas aves” frágeis. Sozinhos na “natureza”, seremos mortos em questão de minutos. Para evitar isso, precisamos da “Ave adulta” para nos proteger.
Quem é essa “Ave adulta”? A Bíblia nos ajuda a descobrir. Certa vez, Jesus, do alto da montanha, olhando para a capital dos judeus disse: “Jerusalém, Jerusalém, você, que mata os profetas e apedreja os que lhe são enviados! Quantas vezes Eu quis reunir os seus filhos, como a galinha reúne os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram” (Mateus 23:37). Cristo é a nossa “Ave mãe” e está disposto a construir “ninhos” seguros para nós.
Um dos ninhos que Deus providencia para Seus “filhotes” é a igreja. Nela, podemos ouvir os ensinos da Palavra de Deus e conviver com outras “aves” que também buscam proteção. Outro ninho preparado por Deus é a família. Pais cristãos são uma proteção espiritual para os filhos. Por meio deles, Jesus ministra à nossa vida. Se você quer estar seguro no grande conflito, nunca se afaste do “ninho celestial”.