Terça-feira
20 de abril
No Carmelo
O Senhor é Deus! O Senhor é Deus! 1 Reis 18:39

Por causa da impiedade e da idolatria de Acabe e Jezabel, três anos de seca sobrevieram ao reino de Israel. No Carmelo, que outrora fora lugar de beleza, com ribeiros alimentando-se de fontes perenes e férteis escarpas cobertas de belas flores, só havia bosques desfolhados, onde ficavam os altares de Baal e Astarote. No ponto mais alto estavam as ruínas do altar de Jeová.

Foi esse local de desonra a Deus que Elias escolheu para a manifestação de poder divino.

Na manhã determinada, o povo se aglomerou atento. Os sacerdotes estavam lá. Acabe, todo pomposo, se pôs diante dos sacerdotes, saudado pelos idólatras com um grito de aclamação.

Rodeado pelas tribos israelitas, diante do rei e dos falsos profetas, estava Elias. Ansioso, o povo aguardava. Olhando para o altar derrubado de Jeová e para a multidão, Elias exclamou, em voz forte: “Até quando vocês vão oscilar entre duas opiniões?” O povo não respondeu. Então o profeta ordenou que fosse colocado um dos bezerros sobre o altar pagão. Amedrontado, os falsos sacerdotes aprontaram o altar e gritaram suas fórmulas de encantamento, invocando Baal. Saltaram, se contorceram, gritaram histericamente, arrancaram os cabelos e retalharam as próprias carnes… O tempo passou, mas Baal não respondeu.

À tarde, os frustrados profetas estavam fatigados, abatidos e confusos. Desesperados, eles enfim se retiraram.

Imagine a cena. Na sequência, Elias reparou o altar em ruínas. Cavou uma vala à sua volta, colocou a lenha, preparou o bezerro sobre ele e ordenou ao povo que encharcasse de água o altar, o sacrifício e a vala. Prostrando-se em reverência diante de Deus, orou com simplicidade e fervor, pedindo que Deus mostrasse Sua superioridade sobre Baal, para Israel ser reconduzido a Ele. Houve solene silêncio. Os sacerdotes de Baal tremeram.

Então chamas de fogo desceram do céu sobre o altar, queimando o sacrifício, lambendo a água da vala, consumindo até as pedras do altar. Dos vales abaixo, muitos observavam o espetáculo. E o povo sobre o monte finalmente se prostrou diante do Deus invisível, clamando: “O Senhor é Deus!”

Quando desonramos a Deus, priorizando nossos ídolos do cotidiano, Deus nos permite a sequidão espiritual para percebermos nossa distância Dele.

Voltemos ao Carmelo e busquemos ao Senhor enquanto é tempo e reconheçamos a cada dia que o Senhor é Deus!