Era fim de tarde e havia começado a agitação de enfermeiras e visitantes indo e vindo no hospital.
Sentei-me em uma sala da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde apenas a luz do entardecer brilhava pelas janelas, refletindo algumas sombras. Eu via a forma do corpo do meu marido que estava imóvel, em coma induzido. Os dois monitores liga- dos ao corpo dele mostravam números que indicavam que sua condição instável não havia melhorado.
Meu marido fi cou por alguns dias em um quase coma, enquanto os médicos e en- fermeiros trabalhavam e esperavam, e muitos oravam. Tim passava por uma série de complicações de sua leucemia, e sua condição ia de mal a pior.
Os dezessete frascos de quimioterapia o deixaram sem pelos e reduziram esse ho- mem que chegou a pesar 108 kg a um idoso de estrutura frágil.
Cada visita que eu fazia ao hospital era com a expectativa de que Deus o tornaria como ele era antes. Minhas orações eram: “Se houver algo mais que ele tenha que fazer por Ti, então, por favor, poupe a vida dele.” Quando o celular tocou, interrompeu meu período de silêncio e solidão. Era o pastor Bell. Ele estava no culto de oração de quarta-feira à noite. Depois de ter sido informado de que a situação de Tim não havia mudado, o pastor Bell me garantiu que ele e alguns membros fariam um período espe- cial de oração por ele.
Poucos minutos após aquela ligação, os números de ambos os monitores começa- ram a disparar, um para cima e o outro para baixo. Os dois pararam simultaneamente. A leitura do número deles agora dizia que a condição de Tim havia se estabilizado e voltado ao normal!
Isso aconteceu há mais de dez anos, e Tim diz que não se lembra das muitas vezes em que sua vida quase se foi, exceto pelos relatórios de seus médicos e de outras pessoas. Deus optou por abençoar e prolongar os dias de Tim para que ele seja um testemunho de Sua bondade e grandeza.
Jane Moody