Um dos grandes problemas de nossos dias é a solidão. As pessoas vivem cada vez mais isoladas, mesmo cercadas por tanta gente. Embora a maioria de nós viva em grandes centros urbanos e esteja conectada em redes sociais, mais do que nunca precisamos de amizades reais e contato pessoal. Ninguém consegue ser feliz isolado do mundo e das pessoas.
O filme Náufrago retrata de maneira tocante a importância dos relacionamentos e a tristeza da solidão para o ser humano. Embora lutasse pela sobrevivência física, a maior luta que o personagem principal enfrentava era controlar as emoções e vencer a solidão. Nas noites frias, ele não tinha quem abraçar; nas manhãs silenciosas, não tinha com quem conversar. Quando conseguia comida, não tinha com quem repartir; quando faltava, não tinha para quem pedir.
Em seu desespero por companhia, fez de uma bola de vôlei um amigo. Conversava com o “amigo” Wilson nos momentos em que mais se sentia só. Essa experiência demonstra como a presença do “outro” é indispensável para a nossa realização individual.
O próprio Cristo vivenciou a dor da solidão. Ele estava prestes a ser entregue para morrer em favor do ser humano. Sabia o quão difícil seriam os momentos após Sua prisão. Pedro O negaria três vezes, e todos os discípulos O abandonariam no momento em que Ele mais precisaria deles. Por conta do pecado que assumia, recebeu o golpe mais duro: a separação do Pai. Clamou em grande angústia: “Meu Deus, por que Me desamparaste?”
Em meio a esse abandono, no entanto, encontrou força na certeza de que Seu sacrifício resultaria em plena reconciliação entre a Divindade e a humanidade. Na cruz, Ele pagou o preço para que a solidão um dia deixasse de existir.
A solidão de Jesus garantiu seu direito de jamais se sentir só. Se você está se sentindo sozinho, lembre-se de que você tem um grande Amigo no Céu. Ele nunca o abandona. Você nunca estará só.