Alguns exames de rotina levantaram suspeitas a respeito da condição cardíaca do meu pai. Minha prima, que é cardiologista e tinha duas clínicas na região Norte do país, achou importante fazer um acompanhamento. Assim, meus pais viajaram de avião de São Paulo para Rondônia, com a intenção de visitar a sobrinha e já fazer um check-up.
Uma semana antes da viagem, minha mãe havia reclamado de dor nas costas. Indo de um lado para o outro e percorrendo grandes distâncias, a dor voltou a incomodar. Depois de passarem cinco dias em Rondônia, chegou a hora de voltarem. Era um domingo à noite e eu havia mandado uma mensagem para meus pais, pedindo que passassem pela minha casa, porque queria vê-los.
Por volta das 22h, resolvi esperar na sala de casa. Deitei no sofá e deixei o celular perto. Estranhei meu pai não ter visto a mensagem, e me assustei quando o telefone tocou e ele me disse que tinham sofrido um acidente de carro. Depois de me tranquilizar e dizer que estavam bem, ele pediu que fôssemos ao encontro deles.
Quando chegamos, encontramos um casal com eles. O rapaz e a moça, que estavam passando pelo local depois de sair da igreja, fizeram questão de permanecer com meus pais até nossa chegada. Providência divina!
Apesar de estar bem acomodada em nosso carro, minha mãe gemeu o caminho todo. Achamos melhor levá-la direto para um posto de atendimento. A radiografia não indicou nada. Como a dor persistiu nos dias seguintes, ela fez uma tomografia com contraste da coluna. E a surpresa apareceu: uma fratura entre duas vértebras. Porém, a surpresa maior é que aquela fratura era preexistente. Na verdade, o acidente e o exame revelaram algo que poderia, ao longo do tempo, ter deixado minha mãe incapacitada, não fosse a intervenção cirúrgica que aconteceu alguns dias depois, em um excelente hospital da região.
Quando aconteceu o acidente e vi minha mãe gemendo de dor por qualquer movimento, supliquei que Deus transformasse aquela situação. A resposta foi inequívoca! Hoje, passados meses de uma cirurgia bem-sucedida, minha mãe se locomove bem, sem dificuldades, e nunca mais sentiu dores fortes na coluna. Deus seja louvado, porque Ele pode fazer com que todas as coisas cooperem para o bem daqueles que O amam.
{ Neila D. Oliveira }