Apesar de vivermos em uma época em que predomina o discurso científico, a espiritualidade ainda tem seu lugar em nosso mundo. Mesmo diante de uma supervalorização da realidade material, observa-se que, no fim, o ser humano reconhece, ainda que relutantemente, que esses elementos não satisfazem as necessidades mais profundas da alma.

Em Tiago 4:1 a 3, o autor bíblico expõe a rudeza das ambições humanas: “De onde vêm as guerras e contendas que há entre vocês? Não vêm das paixões que guerreiam dentro de vocês? Vocês cobiçam coisas, e não as têm; matam e invejam, mas não conseguem obter o que desejam. Vocês vivem a lutar e a fazer guerras. Não têm, porque não pedem. Quando pedem, não recebem, pois pedem por motivos errados, para gastar em seus prazeres.”

Observa-se que muitos estão dispostos a fazer qualquer coisa que lhes dê o que buscam, ainda que o objeto de sua busca não seja aquilo que, de fato, vai lhes conceder a paz de que necessitam. Isso explica porque a publicidade de um produto prejudicial à saúde pode ser capaz de conquistar milhões de pessoas, desde que sua narrativa e estética atraiam a vontade e a emoção e sugiram preencher alguma necessidade humana essencial, como o senso de pertencimento, autoestima e de ser amado.

Contudo, o cristão sabe que só Deus é capaz de satisfazer plenamente nossas carências mais profundas. Ele nos acolhe, consola, liberta e protege. Só Ele nos faz sentir absolutamente amados. De fato, o amor é a força mais poderosa para mover o ser humano. Esse sentimento que foge à explicação científica e à compreensão intelectual é tão eterno e verdadeiro quanto o próprio Deus, uma vez que Ele é amor (1Jo 4:8). Apesar do materialismo que nos cerca, não se esqueça de que o Senhor nos criou para encontrar a plenitude de vida Nele. Portanto, não perca seu tempo tentando fazer com que as conquistas materiais supram suas necessidades mais íntimas e espirituais. Em Deus, você encontra tudo aquilo que precisa para sua máxima realização.