Em nossa primeira viagem no rio Amazonas, eu (Ailton) e a minha família experimentamos a sensação de dormir em uma rede dentro de um barco. Enquanto nos balançávamos de um lado para o outro esperando a embarcação partir, uma canção suave e melodiosa invadia nossos ouvidos sem pedir permissão. Bem ao fundo, alguém tocava uma samponha, instrumento de bambu, típico dos andes peruanos. De vez em quando, o músico fazia uma pausa no instrumento e cantava para as mais de 400 pessoas embarcadas. Aquele jovem músico alegrava o coração dos viajantes, que se deslocavam para tão longe, enfrentando os perigos do rio.
No fim de cada apresentação, ele oferecia alguns CDs. Era sua maneira de ganhar a vida. Valia cada centavo. Qual é o preço de um coração alegre e feliz? Quem dera se todas as profissões tivessem essa habilidade de levar alegria e paz às pessoas tristes e sem esperança no mundo. O músico dessa história não é rico, mas ganha o suficiente para fazer o que mais gosta: alegrar a vida dos viajantes.
Essa experiência me fez refletir. O que nós, como filhos de Deus, temos feito para alegrar as pessoas ao nosso redor? Na vida, alguns “passageiros” só terão contato conosco uma única vez. Como temos aproveitado essas oportunidades? Temos levado cântico ou lamento? Alegria ou dor? Paz ou tormento? Lágrimas ou sorriso? Temos semeado dúvida ou esperança?
A Palavra de Deus nos incentiva a ter sempre um cântico no coração. Cantar com a voz e com a alma. Cantar, mesmo que não haja tantos motivos para isso; cantar por saber que Ele tem todas as coisas em Seu controle.
Um coração alegre e disposto experimentará sossego e paz. Não há remédio mais eficaz. Pessoas alegres atraem melhores amizades, desfrutam relacionamentos mais estáveis e tendem a ter menos doenças emocionais. Cante com o coração e com alegria. Você experimentará o poder de espantar a tristeza e sentir a felicidade que vem de Deus.