Enquanto o anjo da morte estivesse passando sobre o Egito, cada família dos hebreus deveria comer um cordeiro assado. Era necessário ser um animal sem doença ou mácula de qualquer natureza. Devia ser comido com pães asmos e ervas amargas. O cardápio tinha o objetivo de manter na lembrança a escravidão cruel que sofreram em consequência dos seus pecados ao se esquecerem de Deus e transgredirem os Seus mandamentos. O consumo das ervas amargas também tinha o propósito de despertar a curiosidade na mente das crianças quanto ao motivo para fazer isso. Assim, os pais lhes contariam sobre os sofrimentos no Egito e o poder extraordinário de Deus no livramento, durante aquela noite memorável em que saíram do Egito apressados pelos próprios egípcios. […]
A pintura dos umbrais das portas com o sangue do cordeiro imolado representava o sangue de Cristo, o qual deveriam aguardar com expectativa.
Mil e quinhentos anos depois dessa noite, Jesus, o antítipo do cordeiro pascal, morreu na cruz pelos pecados do mundo. O cordeiro sem mancha representava o imaculado Cordeiro de Deus, sem qualquer contaminação do pecado. Assim como as casas de Israel deveriam ser aspergidas com sangue, para que o anjo vingador passasse por cima delas sem se deter, é necessário que nós nos arrependamos dos nossos pecados e nos apropriemos dos méritos do sangue de Cristo para nos proteger do anjo vingador de Deus no dia da matança. Somente por meio de Cristo nosso perdão pode ser obtido. Seu sangue nos guarda de um Deus vingador dos pecados.
Muito embora a instituição da Páscoa apontasse para o passado, relembrando o livramento milagroso dos hebreus, também apontava para o futuro, mostrando a morte do Filho de Deus antes mesmo que esta acontecesse. Na última Páscoa que o nosso Senhor celebrou com os discípulos, Ele instituiu a Ceia do Senhor em lugar da Páscoa, para ser observada em memória da Sua morte. Não havia mais necessidade da Páscoa, pois Ele, o grande Cordeiro antitípico, estava pronto para ser sacrificado pelos pecados do mundo. O tipo encontrou o antítipo na morte de Cristo (The Youth’s Instructor, 1º de maio de 1873).
PARA REFLETIR: Quantas vezes você deve aceitar o sacrifício expiatório de Cristo pelos seus pecados?