Era o fim da tarde de um dia de trabalho quando recebi uma mensagem de texto do meu esposo, Will, sugerindo que eu tomasse a estrada Old Columbia Pike para voltar para casa, em vez de ir pela Route 29 – uma movimentada rodovia que muitos usam para ir ao trabalho e voltar para casa. Um acidente envolvendo quatro carros no início da tarde havia bloqueado a Route 29 no sentido norte. Vários sites de trânsito na internet verificaram esse acidente, mostraram um carro capotado e indicavam que uma jovem senhora, com ferimentos gravíssimos, havia sido levada a um hospital. Os relatos também diziam que a polícia precisava da colaboração de testemunhas do acidente. Fiquei penalizada ao imaginar o trauma que essa mulher provavelmente sofrera.
Ao aproximar-se o fim do expediente, olhando por um janela próxima, observei o tráfego pesado. O trânsito pela Old Columbia Pike era de para-choque contra para-choque, os carros mal se movendo. Todas as ruas próximas estavam na mesma situação. Levaria uma hora para chegar à minha casa, em vez dos costumeiros 15 minutos! Apesar das trovoadas e dos relâmpagos de uma tempestade iminente, voltei para minha escrivaninha. Uma hora e meia depois, as estradas pareciam um pouco melhores, e a tormenta não se materializara. Fui para casa.
Às 5h40 da manhã seguinte, um helicóptero que sobrevoava o bairro nos despertou. Meu esposo achou que fosse perseguição a um prisioneiro que tivesse escapado ou então um acidente de trânsito ali por perto. As reportagens do noticiário logo apresentaram a manchete: “Acidente na Route 29”, a pouca distância do acidente da tarde anterior, e envolvendo outro carro capotado. Nem acreditei! Senhor, pensei, o que está acontecendo? Dois acidentes em menos de 24 horas, na mesma estrada – a estrada que tomo para trabalhar! Vai ser um percurso demorado outra vez? Antes de me fixar em pensamentos egoístas, minha mente, de imediato, imaginou outra pessoa ou outras pessoas gravemente feridas, talvez, no veículo tombado. Sussurrei uma oração em favor dos envolvidos. Ao dirigir para o trabalho, não vi nenhuma evidência de acidente. Mais tarde, fiquei aliviada, mas espantada, ao saber que não houvera feridos. Ao me recordar desses acidentes hoje, lembrei-me da promessa de Deus de prover livramentos para nós. Embora o maligno tenha seu estoque de inimagináveis acidentes, ameaças ou adversidades mal-intencionadas à nossa espera, para nos causar preocupação, ansiedade, tristeza, sofrimento ou morte, Deus, em Sua infinita sabedoria, pode nos fazer superar tudo.
Confiemos a vida ao Seu cuidado, e sejamos gratas por Seu amor e poder para salvar.
Íris L. Kitching