Imagine-se vivendo em uma ilha grega muitos séculos antes de Jesus nascer. O conhecimento humano ainda está engatinhando, e a humanidade tenta compreender os fenômenos da natureza. O que você pensaria ao ver uma sequência de relâmpagos e trovões daqueles que parecem rasgar o céu? Como explicaria, por exemplo, terremotos, maremotos e até mesmo os fenômenos mais corriqueiros, como o nascer do Sol, a chuva, as fases da Lua, os astros do céu e as estações do ano?
Ampliando a complexidade desse quadro, imagine-se pensando sobre a origem do ser humano, a realidade da vida, a habilidade de pensar, falar, escolher e amar. Seria muito natural se perguntar: Será que existe uma entidade superior em algum lugar que olha por nós? Em resposta a essa reflexão, os gregos antigos desenvolveram seu pensamento sobre a existência de Deus. Aliás, de vários deuses. Para eles, havia diferentes divindades responsáveis pelo amor, pelo Sol, pelos mares, pelo tempo, entre outros fenômenos. O raciocínio por trás da crença é simples: Se existe a Terra, o Sol, os astros e todo o Universo, quem foi que criou isso tudo?
Simultaneamente, enquanto os gregos buscavam compreender a relação entre o homem e “as divindades”, o Deus verdadeiro Se revelava pessoalmente ao povo de Israel, em um lugar não muito distante. Seu plano era que, por intermédio dos hebreus, os demais povos tivessem a oportunidade de conhecê-Lo verdadeiramente. Foi com esse propósito que o Senhor inspirou os autores dos livros da Bíblia. Em suas páginas, encontramos a revelação de um Deus único, excelso, perfeito e criador de todas as coisas, mas que está interessado nos mínimos detalhes de nossa vida.
O Salmo 139, provavelmente composto na mesma época do grande escritor grego Homero, afirma que o Senhor está totalmente interessado em nosso bem-estar desde que fomos concebidos. Ele sonda e conhece o que vai no íntimo de nosso ser. Podemos contar com Ele em todos os momentos.
Que bom viver em uma época na qual a história está desvelada e podemos ver descortinados os grandes mistérios do passado. Que maravilha saber que Deus continua o mesmo e está, ainda hoje, disposto a Se revelar a nós!