Havia apenas uma esperança para a humanidade: a de que fosse lançado um novo fermento naquela massa de elementos discordantes e corruptores, que se trouxesse o poder de uma nova vida aos seres humanos e que o conhecimento de Deus fosse restaurado no mundo.
Cristo veio para restaurar esse conhecimento. Veio para remover o falso ensino pelo qual os que pretendiam conhecer a Deus O haviam representado de maneira errada. Veio para manifestar a natureza de Sua lei e revelar em Seu caráter a beleza da santidade.
Cristo veio ao mundo com o amor acumulado de toda a eternidade. Varrendo aquelas cobranças que tinham atravancado a lei de Deus, Ele mostrou que essa é uma lei de amor, uma expressão da bondade divina. Mostrou que, na obediência a seus princípios, está envolvida a felicidade das pessoas e, com ela, a estabilidade, que é o próprio fundamento e sustentação da sociedade humana.
Longe de fazer exigências arbitrárias, a lei de Deus é dada às pessoas como um amparo e uma proteção. Quem quer que aceite seus princípios será preservado do mal. A fidelidade para com Deus compreende a fidelidade para com as pessoas. Assim, a lei resguarda os direitos, a individualidade de cada ser humano. Ela restringe da opressão os que estão em posição superior, e da desobediência os que se encontram em posição subordinada. Garante o bem-estar de todos, tanto neste mundo como no vindouro. É o penhor da vida eterna para aquele que obedece, expressa os princípios que permanecem para sempre.
Cristo veio para demonstrar o valor dos princípios divinos, revelando o poder deles na regeneração da humanidade. Veio para ensinar como esses princípios devem ser desenvolvidos e aplicados.
Para o povo daquela época, o valor de todas as coisas era determinado pela aparência exterior. À medida que havia aumentado em pompa, a religião tinha diminuído em eficácia. Os educadores de então buscavam merecer respeito pelo aparato e ostentação. Com tudo isso, a vida de Jesus apresentava um contraste. Sua maneira de viver demonstrou a inutilidade das coisas que o ser humano considerava essenciais. Nascido no mais rude ambiente, participando do lar e vivendo como um camponês ou operário, na simplicidade, identificando-Se com os trabalhadores desconhecidos do mundo, Jesus seguiu, entre essas condições e ambiente, o plano divino da educação (Educação, p. 76, 77).