A cada ano, em novembro, os falcões peregrinos invadem os céus da América do Sul, vindos do Alasca e do extremo norte do Canadá. Passam o Natal e comemoram a chegada do novo ano aqui, só retornando no mês de abril, quando o clima está mais ameno por lá. Enquanto viajam, maçaricos, gaivotas, pombas e jaçanãs se transformam em presas abatidas no ar. Com o impulso e a rapidez de seu voo, ele mata por atropelamento. O osso esterno do peito do falcão é reforçado como se fosse um escudo e o impacto não o abala.

O falcão peregrino é a ave mais veloz do mundo e a que tem a melhor aerodinâmica. Com as asas fechadas, em queda livre, atinge sua maior velocidade, equivalente a um carro de Fórmula 1, ou seja, 270 km/h. O vento que entra pelas narinas estouraria os seus pulmões se não fosse desviado por uma espécie de labirinto ósseo que freia a pressão do ar.

Atravessar um continente guiando-se apenas pelo instinto é um dos fatos que mais intrigam nas aves migratórias. Antes da viagem, elas comem mais e acumulam mais energia. Quando o gelo chega, elas sabem que é hora de partir. O falcão peregrino guia-se pelas estrelas. Além disso, tem atrás dos olhos um órgão que sente o campo magnético da Terra. A visualização dos continentes, montanhas e vales, além das correntes dos ventos, também ajudam. Guiar-se sem bússolas, carta topográfica,  etc., não é impossível. Em situações extremas podemos identificar os pontos cardeais:

1. Para achar o Norte: aponte o braço direito para o nascer do sol e o esquerdo para o pôr do sol. À frente estará o Norte e atrás, o Sul.

2. O lado mais úmido das árvores é o lado onde o sol se põe.

3. Estrelas: o pé da cruz do Cruzeiro do Sul aponta para o Sul.

Jesus sempre aponta para o Céu. Não desgrude os olhos Dele nem por um instante. Ele guia você aqui e o levará à Fonte da Água da Vida. Ele tem a melhor aerodinâmica, a maior velocidade, a maior força e o melhor equipamento de navegação, quer você esteja no ar, na terra ou no mar.