Depois de sua expulsão do Éden, a vida de Adão na Terra foi cheia de tristeza. Cada folha a murchar, cada vítima do sacrifício, cada mancha na bela face da natureza, cada mácula na pureza do ser humano era uma nova lembrança de seu pecado. A aflição do remorso era terrível, pois quando Adão observava a iniquidade dominante entre as pessoas e as repreendia, elas respondiam acusando-o de ser o causador do pecado. Com paciente humildade, ele suportou durante quase mil anos o castigo da transgressão. Arrependeu-se sinceramente de seu erro, confiando nos méritos do Salvador prometido, e morreu na esperança de uma ressurreição. O Filho de Deus redimiu a falta e a queda da humanidade e, agora, pela obra da expiação, Adão é reintegrado em seu primeiro domínio.
Maravilhado, ele contempla as árvores que um dia foram seu deleite; as mesmas cujo fruto ele próprio havia colhido nos dias de sua inocência e alegria. Vê as videiras que sua própria mão havia tratado, as mesmas flores das quais com tanta satisfação havia cuidado. Sua mente capta a realidade daquela cena; ele compreende que isso é, em realidade, o Éden restaurado, mais lindo agora do que quando foi expulso dele. O Salvador o leva à árvore da vida, apanha o fruto glorioso e convida-o a comer. Olha em redor de si e contempla uma multidão de sua família resgatada no paraíso de Deus. Lança então sua brilhante coroa aos pés de Jesus e, caindo ao Seu peito, abraça o Redentor. Dedilha a harpa de ouro, e pelas abóbadas do Céu ecoa o cântico triunfante: “Digno, digno, ‘digno é o Cordeiro’ (Ap 5:12) ‘que esteve morto e tornou a viver!’ (Ap 2:8).” A família de Adão se une ao cântico e lança suas coroas aos pés do Salvador, inclinando-se perante Ele em adoração.
Essa reunião é testemunhada pelos anjos que choraram quando Adão caiu em pecado e transbordaram de alegria quando Jesus ascendeu ao Céu, depois de ressurgido, tendo aberto a sepultura por todos os que cressem em Seu nome. Contemplam agora a obra da redenção completa e unem as vozes no cântico de louvor (O Lar Adventista, p. 446, 447 [540, 541]).
PARA REFLETIR: O que você diria a Adão depois de testemunhar o maravilhoso encontro dele com Deus no Céu?