Quinta-feira
26 de outubro
O FILHO PRODÍGIO
O filho mais velho encheu-se de ira, e não quis entrar. Então seu pai saiu e insistiu com ele. Lucas 15:28

A parábola do filho pródigo (Lc 15:11-32) pode ser dividida em duas partes, com a segunda começando no verso 25, quando o filho mais velho entra em cena. Porém, embora de forma discreta, ele aparece na narrativa já no começo. A Bíblia afirma que o pai “repartiu sua propriedade entre eles” (v. 12), o que sugere que o primogênito também recebeu o valor da herança, mas foi omisso em não defender a causa do pai. 

Gosto de chamar o filho mais velho de “prodígio” porque era um rapaz irrepreensível. Ele nunca havia “saído” de casa. Nunca tinha desobedecido aos pais. Nunca havia transgredido nenhum mandamento. Pelo contrário, sempre havia sido “perfeito” em tudo. Mas, então, qual era o seu problema? Nenhum, aparentemente! O caráter dele só foi revelado quando o pai transbordou em misericórdia por seu irmão mais novo, ao recebê-lo de volta em casa. 

O que vemos em seguida é um paradoxo. O filho pródigo está dentro de casa, e o filho prodígio está fora do lar, irritado, inconformado e perdido. O pai, que não havia saído para buscar o filho mais moço é visto agora fora da casa, tentando reconciliar novamente a sua família. Esse quadro ilustra o grande amor que Deus tem para conosco e a Sua paciência em resgatar filhos problemáticos. 

Na igreja, temos pródigos e prodígios. Os prodígios dificilmente caem em si. Na visão deles, já estão na casa do Pai, trabalhando há anos como “escravos” (v. 29) e, por isso, são merecedores de honras. No entanto, assim como o filho mais velho da história, querem apenas os mimos paternos: o anel, a roupa e o novilho assado. 

Talvez você seja esse jovem perdido na igreja, amargurado ao ver festas acontecendo quando pecadores se arrependem. Contudo, saiba que é melhor estar cheirando a porcos nos braços de Deus do que permanecer perfumado na igreja mas longe do Pai. Deus quer salvar você assim como deseja salvar também os filhos pródigos! Com um braço, o Senhor envolve aquele que está longe, e com o outro abraça aquele que está perto. 

Lembre-se de que, na igreja ou fora dela, você e eu somos pecadores que precisam desesperadamente da graça de Cristo – todos os dias!