Eu devia ter por volta de 8 ou 9 anos de idade quando desci as escadas da nossa casa correndo e comecei a caminhar pelo corredor. Então vi várias formigas andando de um lado para outro freneticamente. Com capricho infantil, me diverti pisando e matando todas. Depois, satisfeita por ter matado todas elas, segui meu caminho.
Quando retornei, o que vi me deixou impressionada. Parecia haver mais centenas de formigas, porém elas não estavam mais andando de um lado para outro. Trabalhando juntas, duas formigas pegavam uma formiga morta e esperavam. Duas formigas se alinhavam atrás delas sem pegar uma outra formiga morta. Logo pensei: Preguiçosas! Por que não pegam uma formiga morta também? Atrás delas, duas formigas segurando uma outra formiga morta se alinharam, seguidas de mais duas formigas sem carga. Essa formação foi mantida até que todas as formigas mortas haviam sido levantadas por pequeninhas “mãos” de formigas. Só então a procissão começou sua marcha lenta.
Que procissão perfeita! De repente, todos os movimentos cessaram. Todas as formigas carregando as mortas as colocaram no chão, e as duas formigas livres atrás delas vieram para frente e levantaram as formigas mortas. Uau! Agora era a minha vez de me sentir envergonhada. Aquelas formigas “loucas” tinham planejado antecipadamente que o cansaço chegaria e, consequentemente, precisariam descansar. Fiquei impressionada!
Os anos se passaram; cresci e continuei guardando o meu segredo. Então, certo dia me deparei com nosso texto de hoje e relembrei meu segredo do funeral das formigas. Eu havia considerado aquelas formigas como loucas, mas aqui Deus estava me chamando de preguiçosa. Eu, preguiçosa? Isso é o que eu pensei que algumas daquelas formigas fossem. Nós preguiçosas consideramos aquelas formigas como sendo loucas, mas o Senhor nos admoesta a considerar os caminhos delas e “ser sábias”. Ser sábia é ter o poder de discernir e julgar adequadamente o que é verdadeiro e correto, bem como fazer o que é verdadeiro e correto.
Meu desejo hoje é que aprendamos com as formigas e sejamos sábias. Assim como Deus ensina as formigas, Ele também nos dá a sabedoria de que precisamos a cada dia. Podemos verdadeiramente agradecer a Deus por isso.
Joyce O’Garro