Em janeiro de 2010, eu e meu esposo fomos para Belém a fim de que ele retomasse o curso de Teologia e eu começasse a trabalhar na escola da Faama (Faculdade Adventista da Amazônia). Essa era uma excelente oportunidade, e não queríamos desperdiçá-la. Tínhamos, porém, que tomar uma difícil decisão: deixar nossos dois filhos, um de três anos e outro de cinco, aos cuidados de meus pais por um período de tempo.

Meu coração ficou apertado, mas não havia outra possibilidade. Um de meus filhos precisava de tratamento contínuo. Quando tinha apenas dois meses de idade, ele foi submetido a uma operação nos rins (hidronefrose). Além disso, ele sempre tinha várias crises, o que dificultaria sua mudança naquele momento. Então decidimos que o melhor a ser feito era deixá-lo com os avós até que o quadro dele se estabilizasse. Como meus dois filhos eram muito unidos, foi necessário que eles permanecessem juntos.

Eu falava com eles todos os dias, e sempre derramávamos muitas lágrimas. Os cinco meses que estivemos distantes foram os mais longos que já vivi.

Um pouco antes de nos reencontrarmos, comecei a fazer os preparativos para recebê-los. Não podia conter o choro. Às 11h35, tudo estava pronto, e meu pai logo deveria chegar com as crianças. De repente, ouço uma buzina de carro soando de forma acelerada e cadenciada. Meu coração parecia que ia sair pela boca; larguei tudo o que estava fazendo e saí rapidamente ao encontro deles. As crianças correram em minha direção chorando e gritando de alegria. Demos vários abraços apertados, e eles diziam que não queriam mais ficar longe de nós.

Depois de toda aquela emoção, comecei a refletir em minha vida espiritual. Às vezes nos dedicamos tanto às diversas atividades do dia a dia que nos esquecemos de que Jesus está retornando para nos levar de volta ao lar. Ele já preparou tudo para esse grande encontro.

Você tem esperado ansiosamente por esse dia? Como estão os preparativos? Será que tudo estará pronto? Oro para que nós e nossa família estejamos prontas para esse memorável espetáculo. Bendita será a hora em que pudermos dizer: “Este é o Senhor, a quem aguardávamos”.

Ana Amélia Silva do Nascimento da Rocha