O norueguês Edvard Munch pintou, no final de século 19, uma série de quadros aos quais ele deu o título de “O Grito”. O mais famoso é de 1893 e retrata a figura de uma pessoa. Não é possível identificar se é homem ou mulher, mas a expressão de desespero de alguém sobre uma doca é retratada de forma contundente. O artista conseguiu expressar a angústia de tal forma que o quadro é considerado um dos mais importantes da arte mundial.
Ao olhar essa imagem, fico imaginando que há muitas pessoas “gritando” de desespero por aí. Gente que não sabe mais o que fazer com as angústias internas; jovens que não conseguem lidar com a separação dos pais; adolescentes que sofrem muito com a morte de alguém querido; casais que já não sabem mais o que fazer para salvar o relacionamento matrimonial. Quem sabe, você mesmo, neste momento, esteja vivendo um período de angústia e “grite em silêncio” por socorro.
O provérbio de hoje mostra a sabedoria personificada gritando pela atenção das pessoas. Obviamente, ela não está desesperada com a própria situação. A angústia dela é pela atenção de seus ouvintes. É interessante que, muitas vezes, o nosso “grito” de desespero se dá por taparmos os ouvidos ao clamor da sabedoria divina.
O Espírito Santo é o agente divino que “força as cordas vocais”, gritando para que nós nos arrependamos de nossos pecados, abandonemos os caminhos do mal e nos voltemos para o caminho da vida. O problema é que, muitas vezes, as pessoas escolhem endurecer o coração. Elas até ouvem os “gritos” do Espírito Santo, mas fingem não ouvir. O resultado é que vão se afundando cada dia mais no mal, e muitas morrem sem a esperança de salvação.
A boa notícia é que o Espírito Santo nos chama constantemente e não se cansa de nos buscar: “Se hoje vocês ouvirem a sua voz, não endureçam o coração, como na rebelião” (Hebreus 3:15). Louvado seja Deus por insistir em nos salvar!
O que precisamos fazer é abrir o coração para Ele, derramar aos pés de Cristo todos os nossos gritos de angústia e confiar que o sangue derramado no Calvário é suficiente para nos livrar de todo o mal. Se fizermos assim, um dia poderemos dar um grito de vitória ao entramos pelas portas das mansões celestiais.