Um tesouro oculto desde o século 19 foi descoberto no município de Colares, no Pará. No quintal de uma casa simples, estavam enterradas, por mais de 200 anos, centenas de moedas de ouro e de bronze. Algumas delas remetiam ao tempo em que o Brasil ainda era colônia de Portugal. A descoberta foi classificada como “tesouro histórico” e tinha um valor memorial incalculável. Apesar disso, as moedas encontradas não podiam circular no mercado e não tinham mais poder de compra. Eram moedas obsoletas.
Esse fato reafirma a importância do uso correto e oportuno de recursos, sejam eles materiais ou humanos. Tudo que acumulamos, de certa forma, precisa ter um objetivo específico. Guardar só por guardar não faz sentido. Se existe tempo de guardar, também deve haver tempo de usar o que se guardou.
O texto de Lucas 6:45 põe em contraste dois tipos de pessoas, a boa e a má. Ambas acumulam tesouros no coração. No entanto, uma é má porque só consegue tirar coisas más de seu tesouro; a outra é boa porque consegue tirar coisas boas do coração.
Sob essa perspectiva, o ser humano bom é aquele que não apenas sabe acumular um bom tesouro, mas faz uso dele para fim prático e proveitoso. Nesse contexto específico, a metáfora faz alusão à riqueza ou ao tesouro que as pessoas acumulam no coração ao longo da vida. É um tesouro que não se pode dimensionar por alguma cifra monetária.
São princípios do Reino internalizados no interior humano, os quais produzem frutos do Espírito e resultam em valores essenciais que regem a vida. É o tesouro do caráter. De certa forma, a pessoa que somos e a maneira com que nos relacionamos com os outros dependem muito dessa poupança moral e ética que construímos. Por isso, Jesus disse: “A boca fala do que está cheio o coração.”
Que tipo de tesouro você está acumulando durante a vida? Que princípios você tem priorizado como ideal para nortear a sua conduta? Lembre-se: você está construindo hoje quem você será amanhã.