Quando li Apocalipse 21:1 pela primeira vez, fiquei perplexo. Não entendia por que o mar deixaria de existir, uma vez que ele é tão belo e cheio de criaturas que evidenciam o cuidado amoroso do Criador.
Quando escreveu o Apocalipse, João estava na ilha de Patmos. O mar era a muralha da sua prisão, e as ondas bravas que rugiam ao se chocarem contra as rochas eram as feras que guardavam o cárcere. O apóstolo estava distante de tudo o que amava – da família, dos amigos e das igrejas. Para ele, o mar era sinônimo de afastamento, de saudade.
Enquanto admirava a Nova Terra em visão, ele notou que nela não havia separação. Sendo assim, ao afirmar que nela não havia visto o mar, é possível que João tenha pretendido dizer, poeticamente, que nesse glorioso lugar nada nos separará de nossos queridos.
A Nova Terra será um lugar de reunião. Nela, veremos nosso amado Salvador face a face, reencontraremos os que foram afastados de nós pela morte e conheceremos os patriarcas e demais servos de Deus que lutaram pela verdade.
Ao longo dos séculos, os filhos de Deus têm aguardado ansiosamente essa nova realidade. Como o apóstolo João, muitos também foram perseguidos por permanecerem fiéis à verdade. Certa vez, Ellen G. White escreveu: “Jesus trouxe ao nosso mundo os acumulados tesouros de Deus, e todos os que Nele crerem serão adotados como herdeiros Seus. Ele declara que grande será a recompensa dos que sofrerem por amor ao Seu nome” (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 117 [138]).
Se hoje você está enfrentando um período turbulento por amor à verdade, saiba que Cristo está ao seu lado. Se você foi privado da presença de uma pessoa querida pela morte, saiba que o dia do reencontro está próximo. O mar da separação em breve deixará de existir.