Domingo
21 de maio
O ministério da tristeza
Melhor é a mágoa do que o riso, porque com a tristeza do rosto se faz melhor o coração. Eclesiastes 7:3, ARA

Certa vez, ouvi uma pequena história que dizia mais ou menos o seguinte: Uma inundação levara embora a casa e o moinho de um pobre homem, carregando consigo tudo o que ele possuía no mundo. Ele ficou ali, na cena de sua grande perda, de coração partido e desalentado. As águas da enchente, ao baixarem, ainda deixavam poças barrentas ao longo da propriedade. Segundo as aparências, o homem perdera tudo pelo qual ele havia trabalhado. No entanto, depois que as águas baixaram, ele viu algo brilhando nas ribanceiras que a enchente deixara expostas. Era ouro! Ironicamente, a tempestade que, segundo as aparências, lhe causara tanta perda pessoal, também lhe revelou quão rico ele era.

As inundações da vida também passam impetuosamente sobre nós de várias formas: luto, desemprego, divórcio, perda de uma pessoa querida ou mesmo da própria reputação. A Bíblia está cheia dessas “histórias de enchentes”.

Considere, por exemplo, a família de irmãos que moravam em Betânia. A repentina enfermidade de Lázaro deixou suas duas irmãs, Maria e Marta, amedrontadas e desesperadas. Enviaram um recado para seu melhor Amigo, Jesus, pedindo que viesse tão rapidamente quanto possível. Elas conheciam bem o Seu poder para curar. João 11:6 declara que, mesmo depois de receber a mensagem, Ele permaneceu onde estava por mais dois dias, antes de atender ao apelo das irmãs. Então Lázaro morreu! A tristeza era tão grande que até Jesus chorou ao chegar à cena – aparentemente com quatro dias de atraso. Contudo, uma demonstração de Seu poder para ressuscitar, quando chamou Lázaro para fora do sepulcro, ainda encoraja Seus seguidores hoje.

Um pouco antes, na história, Jesus dissera algo que contém duas pistas sobre o motivo pelo qual Deus permite tantas inundações em nossa vida. Primeira, quando Jesus recebeu a mensagem de que Seu amigo, Lázaro, estava enfermo, Ele disse: “Essa doença não acabará em morte; é para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por meio dela” (Jo 11:4). E depois de chegar a Betânia, quando Lázaro ainda jazia no túmulo, Jesus acrescentou: “Para o bem de vocês estou contente por não ter estado lá” (v. 15).

Além de Deus ser glorificado por meio da ressurreição de Lázaro, que Cristo operou, esse dilúvio pessoal “ministrou” a Marta e Maria, dando-lhes a oportunidade de declarar se continuariam ou não a confiar em Deus, independentemente do que acontecesse – antes mesmo de enxergarem o ouro.

Que nossos dilúvios resultem sempre na glória de Deus e em nossa fidelidade, até que vejamos o ouro.

Peggy S. Rusike Edden