A pós minha formatura (Valdecir) no Texas, Estados Unidos, meu débito com a escola estava enorme. Para saldá-lo, solicitei permissão para trabalhar no posto de gasolina do colégio e fazer algumas horas extras. Eles permitiram e me disseram que poderia trabalhar o quanto conseguisse. Assim, aproveitei a oferta: abria o posto às 5h e fechava depois das 23h.
Era outubro, e fazia muito frio. A cidade era pequena e, à noite, quase não havia movimento. Lembro-me de que certo dia cheguei bem cedo. Entrei, liguei o aquecedor e me sentei com uma manta para me aquecer, torcendo para que ninguém aparecesse naquela hora.
De repente, surgiu um par de faróis em direção ao posto. “Não acredito!”, pensei. O carro parou numa bomba em que eu teria que dar toda a atenção, mesmo naquele frio congelante: abastecer, verificar os pneus, o óleo, tirar o gelo do para-brisas, entre outras coisas. De onde eu estava, pude ver que a motorista era uma senhora da igreja a quem eu havia atendido no dia anterior. “Não é possível”, pensei. “São 5h da manhã, ainda está escuro e essa velhinha me faz sair nesse frio! Isso é hora de ela estar na rua?”
Sonolento e mal-humorado, fui atendê-la. Ela abriu o vidro com um sorriso materno e me disse: “Eu sabia que iria encontrá-lo aqui! Não vim abastecer, mas como está frio, vim lhe trazer um pouco de chocolate quente para você se aquecer.” Fiquei sem fala e envergonhado. Um gesto desses desfaz qualquer mau humor e dá uma lição de amor que nos faz pensar que verificar os pneus, o óleo e limpar o gelo dos vidros às 5h da manhã é pouco. Quase carreguei aquela senhora no colo. Ela sabia que eu vivia longe de minha família e queria amenizar a falta que minha mãe fazia. Que exemplo!
Neste dia, experimente fazer as pessoas felizes. Pense em um ato de bondade que você pode fazer para alguém e siga o exemplo de Jesus. Há poder em nossos atos de simpatia. Por isso, estenda a mão, ajude quem precisa, e você vai fazer a diferença. Essa é a essência do evangelho. Acredite!