Aristóteles, filósofo grego do 4º século antes de Cristo, levantou uma questão fundamental para quem discute as origens. Segundo ele refletiu, não existe efeito sem causa. As coisas que existem não podem ter surgido sem uma causa primeira. E mais: se os elementos que compõem o Universo estão em movimento, isso ocorre porque algo os moveu inicialmente. O filósofo concluiu que deve ter existido uma causa primária, que tudo move e que não é movida por nada. Essa causa teria sido a verdadeira responsável pela criação, não como um deus pessoal, muito menos com feições humanas, como os gregos acreditavam.
O conceito aristotélico de divindade não se comparava à ideia bíblica de Deus. O primeiro motor era apenas uma construção lógica que orientava a ordenação da realidade, dando harmonia e coesão a tudo que existe. Não cabe, portanto, nesse modo de pensar, a existência de um Deus criador, a narrativa da queda e do pecado e a necessidade de um Salvador pessoal que encarna, morre e ressuscita. Paulo causou choque quando pregou o Cristo ressuscitado em Atenas. A maioria não conseguiu continuar ouvindo seu discurso, mas alguns
creram (At 17:32-34).
Embora não se fale muito de Aristóteles nas ruas, a ideia de que Deus está distante é muito popular. “Este mundo está desgovernando!” – alguém pode dizer. Afinal, por que ocorrem tantas tragédias? Outro ainda poderia afirmar: “Deus criou o mundo e foi embora.” Mas a Bíblia apresenta outro retrato de Deus, uma Divindade que é suprema, mas que também é pessoal e Se importa conosco. As Escrituras revelam que Ele é “o Primeiro e o Último” (Ap 22:13). Ele interveio ao longo da história, interagiu diretamente com as pessoas e deseja habitar em nosso meio. Deus ainda Se compadeceu de nossa condição caída e desceu pessoalmente para nos salvar.
Em uma era de frieza, competitividade e individualismo não há nada melhor do que crer em um Deus que não está longe, é pessoal, nos ama e quer o melhor para nós. Estude a Bíblia, conheça esse Deus maravilhoso e os planos Dele para a sua vida.