Muitas pessoas que transitam pela Rodovia Ayrton Senna, em São Paulo, não sabem que na saída para a Rodovia Hélio Smidt há um monumento que funciona como os antigos relógios de sol usados há milênios. Trata-se de uma bela obra que, infelizmente, não tem qualquer sinalização.
A falta de identificação do monumento é compreensível, uma vez que não mais usamos relógios de sol. Atualmente, marcamos o tempo de maneira muito mais sofisticada. No entanto, vale ressaltar que, embora os suíços sejam famosos pela produção de relógios de precisão, os egípcios
e babilônios também desenvolveram formas interessantes de demarcar o tempo, utilizando o sol como instrumento.
Para saber as horas, eles faziam um disco em torno do gnômon, que funcionava como uma espécie de ponteiro em forma de ângulo ou estaca. Em seguida, eles demarcavam o disco com graus matemáticos. Dessa forma, à medida que o sol avançava, a sombra do gnômon ia se projetando sobre os 12 graus marcados no disco, os quais indicavam as horas do dia.
Como o trajeto do sol varia de acordo com a região e a época do ano, um relógio desse tipo precisava ser adaptado ao local onde estava instalado para fornecer uma indicação mais correta.
O rei Acaz possuía um relógio desses, provavelmente importado da Babilônia. Não sabemos ao certo a forma de seu relógio; poderia ser semelhante a uma espécie de escada (pois tinha degraus) ou talvez fosse como um poste cheio de riscos sobre os quais se projetava a sombra solar.
A fim de mostrar que o rei Ezequias seria curado de uma grave doença, o profeta Isaías predisse que a sombra do relógio de Acaz retornaria 10 graus. E foi exatamente isso que aconteceu.
Esse foi, sem dúvida, um dos mais fantásticos milagres de Deus, que exigiria uma leve mudança na posição dos polos magnéticos da Terra para alterar a sombra em 10 graus. Isso, é claro, é algo impossível do ponto de vista da física. O fato é que não sabemos como o Senhor operou tal milagre, mas ele é uma evidência de que o Senhor é o Deus das coisas impossíveis. Ele agiu no passado e continuará agindo no presente.